Liberta alma das grades que a ungia.
Aberta a porta da carne que a prendia.
Encontra-se entorpecida.
Até que retorne a consciência.
Precisa o guia paciência.
Enxerga a alma sua nova morada.
O mundo das almas a abraça.
E ela sabe: morri!
E pela tela da sua mente.
Triste ou contente.
Rever sua vida.
De trás para frente.
Sua velhice se conseguiu ser anciã.
A maturidade, a juventude, a infância.
Até ser feto em ventre materno.
Avalia seus feitos e defeitos.
E chora ou ri...
Se possível abraça os que ficam em pranto.
Despede-se de todos com saudade.
E volitando com seu guia.
Parte para a grande viagem.
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