quarta-feira, 2 de junho de 2010

Trevas.



Que trevas espessas me rodeiam.
A que escuridão fui transportada.
Em que lugar estou desamparada.

Quem me pôs nesse canto tão escuro.
Que lugar é esse? O fim do mundo?
Que estranho ar aqui impregna.

Nada ouço a não ser eu mesma.
Nada parece existir.
Só a escuridão interminável e o silêncio a se ouvir.

Já caminhei por tantas léguas, nada encontrei.
Nenhum tipo de vida só morte.
Foi o que achei.

Que maldição abateu-se sobre mim.
Que me trouxe a esse lugar de assombro.
Que me enlouquece. Será um sonho?

Cansada estou dessa desgraça.
Suja, suada e abatida.
Grito e não sou ouvida.

Meu Deus de Ti lembro agora.
Ainda será hora.
De a ti recorrer?

Meus olhos se enchem d’água.
Minha alma em frangalhos perde o tino.
E eu há tanto tempo só em desatino.

Dobro meus joelhos ao chão.
Lembro-me de todo o meu orgulho.
Quando achava que de Ti não precisava.

Mera quimera de ser humano.
Agora presa a esse pântano.
Clamo por ti.

Errei Senhor de Ti preciso.
Sempre precisei só não dizia.
Hoje agora eu digo.

Libertar-me desse terror.
Que sei comigo, criação minha.
Acolhe minha alma em agonia.

E volvendo os olhos para o alto.
Vejo minha prece atendida.
Na luz de um anjo socorrista.

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