Chove lá fora.
Chuva fina.
E lava as ruas.
Desertas e frias.
Esquecidas e vazias.
De movimento e vida.
Escorre as águas pelas avenidas.
Pelo cimento áspero das calçadas.
Por cima dos bueiros entupidos.
Molha aos poucos as árvores e a grama.
Limpando a poeira que nelas se encravam.
Em meio à chuva nosso louco.
O louco do bairro.
O louco que não é temido.
O louco manso.
Falando com o invisível.
Gesticulando num longo discurso.
Parando, retornando os passos, fazendo meia volta e indo à frente.
A chuva não lhe molha a alma.
Não lhe renova o pensamento.
Não lhe tira da ilusão, da demência.
E ele se vai.
Pergunto-me quanto de nós somos como ele?
Loucos, presos numa existência sem sentido.
Avariando nossos corpos e almas.
Levando nossa vida em desatino.
Esquecidos do nosso destino.
A perfeição.
Para nós Plano Divino.
Chuva fina.
E lava as ruas.
Desertas e frias.
Esquecidas e vazias.
De movimento e vida.
Escorre as águas pelas avenidas.
Pelo cimento áspero das calçadas.
Por cima dos bueiros entupidos.
Molha aos poucos as árvores e a grama.
Limpando a poeira que nelas se encravam.
Em meio à chuva nosso louco.
O louco do bairro.
O louco que não é temido.
O louco manso.
Falando com o invisível.
Gesticulando num longo discurso.
Parando, retornando os passos, fazendo meia volta e indo à frente.
A chuva não lhe molha a alma.
Não lhe renova o pensamento.
Não lhe tira da ilusão, da demência.
E ele se vai.
Pergunto-me quanto de nós somos como ele?
Loucos, presos numa existência sem sentido.
Avariando nossos corpos e almas.
Levando nossa vida em desatino.
Esquecidos do nosso destino.
A perfeição.
Para nós Plano Divino.
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