terça-feira, 1 de junho de 2010

A beira do abismo.


A beira do profundo abismo.

Abismo de infinitas grutas.

Grutas de escuridão.

A beira do profundo abismo.

De escapas lisas.

Pedras pontiagudas.

Lisos descaminhos.

A beira do profundo abismo.

Onde o vento assobia triste.

E o cheiro da peste estonteia.

E o ar respirável quase não existe.

A beira do profundo abismo.

Em que almas resvalaram.

Perdidas em si mesmas.

Fechadas no orgulho.

A beira do profundo abismo.

Donde se ouve as blasfêmias.

E gritos apavorados.

E pedidos de socorro.

A beira do profundo abismo.

Que se nega a receber a Luz.

Que se fecha ao bem.

Onde a escuridão é quase palpável.

Um imenso anjo azul.

Abre os braços em cruz.

E do seu coração.

Jorram jatos luz.

Que aliviam os irmãos.

Perdidos nas trevas brutais.

No fundo do abismo infernal.

Seu canto e Luz refrigério.

Convite à redenção.

Lembranças de que existe outro caminho.

O caminho do amor ensinado pelo Nosso Senhor.

Jesus.

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