quarta-feira, 28 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Bate à tua porta o passado
Bate à tua porta o passado
Com todos os sonhos que tivestes
Cheio de esperanças esquecidas
Repleto de alegrias
Gente que foi embora há tanto
Retornando gentil e sorridente
Com mãos cheias de presentes
Desaparece a saudade
Renasce o viver de novo
O que não pode ser realizado
O que não foi dito
O que se deixou por fazer
O arrependimento de não ter concretizado
Os desejos, os anseios, as aspirações
Enche-te de coragem e vai
Chama-te a vida
Talvez tua última oportunidade
De seres o que queres ser.
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Doce e fulgente Luz Divina
Doce e fulgente Luz Divina
Apoio dos esquecidos dos Caminhos, escada dos que buscam a ascensão, clareando, retirando, limpando com ferro ou fogo, dor e amor a alma amargurada e enlutada pela lama da vida.
Tu és Àquele que segura o cajado e nos aponta o norte.
O farol que corta a cerrada neblina do desespero e da amargura criada por nós e contra os outros, contra a nossa essência.
És Tu o portada da Boa Nova, o que ensinaste não foi jogado à poeira do tempo, não foi e não será nunca esquecido.
Ah! Meu doce rabi que tuas sandálias possam de novo percorrer nossa terra e teus olhos nos tragam a esperança da liberdade, de todos os males que causamos.
Recebe-me Senhor em teus braços.
Esquece, perdoa minhas falhas.
O espinho que cravei em sua testa, tua coroa de espinhos, meu inferno.
Psicografado em 11.08.2009.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Grilhões.
Grilhões.
Que grilhões te prendem à carne?
Que te ferem e não te importas?
Que prazeres tão desejáveis te acoplam nesta crosta?
O amo que humanamente se dissipa, que finda, que passa velozmente?
O apego aos bens que o tempo corrói e tudo extermina?
O gozo da vida humana que destrói pouco a pouco, o corpo de carne?
Reparas nas estrelas no céu
Que mesmo mortas ainda brilham.
Seja como elas.
Quando o teu corpo fenecer, tua luz seja o luminar para tantos outros.
Que ainda perecem da ilusão da felicidade perfeita
No mundo das imperfeições.
(26.05.2009. Sem identificação espiritual. Psicografia).
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Flor Cipreste.
Flor Cipreste.
Qual flor cipreste em alto monte
Branca, alva, deslumbrante
Rica em odor inebriante
Pequena perola ou diamante
Balança ao vento uivante
Frágeis pétalas oscilantes aberta ao Sol
A chuva escassa ou abundante
Resiste às intempéries da vida causticante
Assim, é alma do ser errante
De planeta em planeta
Jornada desgastante
Do mal que cria do bem que faz
Temendo um julgamento inexistente, ineficaz
De um Deus medonho um incapaz
Sem saber a verdade que satisfaz
Deus é só amor
Não culpa, não julga só ama demais.
*Canalizado em 19/10/2009.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Dama azul
Dama azul
Gira eternamente
Entre os holofotes estrelares
Trás em si vida palpitante
Filhos e filhas
Que mantêm há tanto tempo
E a que a consomem.
Já não é mais uma jovem
Contudo carrega consigo a beleza das balzaquianas.
Seu corpo ainda atrai
Sua dança ainda conquista
À sua visão viajantes param diante de sua beleza.
Outras damas e cavalheiros
No baile do universo estão
Mas, só tu em azul
Está em meu coração.
domingo, 18 de outubro de 2009
Juro.
Juro.
Juro que é meu último apelo.
Nada mais farei.
Nem por mim, nem por ti.
Esforcei-me, trabalhei, cansei.
E até agora realmente nada sei.
Os mistérios preenchem minha mente.
A miséria do mundo minha alma.
Tua dor a minha dor.
Já cansei.
Desisto ou não desisto.
Sou carvalho ou bambu?
De uma coisa sei
Quão pequena é minha fé
Em Ti Senhor meu Rei.
sábado, 17 de outubro de 2009
Sedex para Deus.
Sedex para Deus.
Santo anjo
Diz ao meu Senhor
Que cá estou em dor.
Que não ouviu Ele meu clamor.
Nem por fax, sedex, E-mail o contatei.
E agora não sei.
Como fazer para ser ouvido
Quem sabe com tua corneta de ouro
Anuncie o meu recado.
Que seca está a ficar minha casa,
Que meus irmãos se matam,
Que a fome impera,
Que não se dá só se toma,
A brutalidade impera,
A corrupção campeia,
E em meio a tudo isso
As viúvas e crianças, de Jesus, pranteiam.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Que faço?
Que faço?
Por que não sei oferece flores?
E meu sorriso não alegra ao outro?
E minhas mãos são geladas ao toque?
E não trago prazer a lugar algum?
Que faço para ser amada?
Ser eu embrutecida, dementada,
Ou fingir que sou flor matutina, frágil, delicada?
Quem me descobrirá a trama?
Talvez ninguém nunca.
Caso descubram o que será de mim?
Solidão sem fim?
Que faço para ser amada?
Amo também a ti?
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Corra, corra, corra.
Corra, corra, corra.
Não pare,
Só corra.
Se parar...
Não ouça.
Se ouvir...
Não sinta...
Se sentir...
Endureça...
Se tocar teu coração...
Esqueça!
Não abra a mão
Do seu tempo precioso,
Do horário de trabalho,
Da sua solicitude com o chefe.
Corra.
Não socorra.
Não olhe.
Não pare para ver.
Seu filho
Entre as ferragens de um carro
A sofrer.
domingo, 11 de outubro de 2009
Estou em paz.
Estou em paz.
Reconheci meus erros,
Paguei minhas contas,
Resolvi meus problemas,
Perdoei os desafetos,
Aos inimigos meu pedido de perdão,
Disse a todos, que me acompanham o quanto os amos,
Soltei os cães no jardim,
Podei as flores murchas,
De uma vida de pouco sentido,
Sentei a mesa com a família
E agradeci ao Pai
Por estar vivo.
sábado, 10 de outubro de 2009
Quem poderia?
Quem poderia?
Tirar-me do fosso?
Que cavei tão profundo.
Onde colhi e coloquei todas as dores do mundo?
Quem poderia estender-me a mão?
Estática, imunda, seca do mal.
De todo mal que fiz.
Estendida há séculos, paralitica, senil.
Quem poderia falar
A ou meus ouvido mudos
Ocos de sons
Cheios de gritos, sussurros, malicia.
Tapados as palavras sãs.
Quem faria essa boca sorri
Nem que fosse um esgar
Uma paródia de sorriso
Um rachar de lábios.
Quem poderia me socorrer
Das paredes que fiz tão forte
E em círculos prendi-me no tempo
Em cada ato escandaloso e vil.
Tu que me ouves poderias?
Ou nem acreditas que ainda existo?
Num lugar lúgubre
Criado pela minha própria maldade
Habitado pelos meus iguais.
Em covas e abismos.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Asas de anjo
Asas de anjo
Abre-te.
Envolve-me.
Desce comigo a profundeza de meus abismos.
Sente o fel da minha alma.
Deleita-se com meus prazeres.
Afunda teus olhos em minhas chagas.
Choras comigo.
Como ser pequeno ser tão velho?
Temes pela minha sanidade,
Pela minha vida,
Pela noite que escura se aproxima,
Pelos meus olhos que vê o mal,
Que vê como os homens afastam-se,
E todos me temem ou odeiam.
Estabeleces comigo um contato
Cantas uma canção de ninar.
Daquelas que só anjos e mães sabem cantar.
Enquanto me arrumo pra dormi na calçada
Velas por mim
Meu anjo guardião.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Morri
Morri
Entre as sedas de frança.
Junto ao vinho do porto.
O queijo suíço.
As águas de Veneza e suas gôndolas.
O azul da velha Europa.
O pijama de fio egípcio.
Cercado de empregados
Dos melhores médicos.
Sem que me faltasse um só comprimido.
Uma só droga que não conseguia mais deter a dor.
Entre rostos sisudos, sérios, distantes.
Entre pessoas da alta sociedade.
Contudo sem um sorriso amigo.
Um agradecimento sincero.
Uma lágrima verdadeira.
Uma mão amiga sobre a minha.
Quão seca foi a minha semeadura nessa vida.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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