segunda-feira, 6 de julho de 2009

Era só um homem.



Era só um homem.

Com todos os medos que os homens têm.

Escondidos nas mangas, nos bolsos da calça, no colarinho suado.

Triste por não ser o que queria.

Feliz porque se divertia.

Era só um homem.

Entre tantos homens.

Achava-se, como a maioria dos homens, o melhor de todos.

O mais macho, o mais sex, o mais simpático.

Era só um homem.

Que quis ter filhos homens

Mas, não os teve.

E desiludiu-se.

As fêmeas povoaram sua vida.

Talvez o assustando com seus modos de mulheres.

Sem ele saber o que fazer.

Era só um homem.

Para mim um homem comum.

Com defeitos e qualidades.

A quem devo meu corpo.

E apesar de não me ter aceitado tão amorosamente se, por acaso, tivesse sido homem.

Obrigada pai.

Nenhum comentário: