Tenho saudades
Dos olhos de criança que eu tinha
Que via o mundo do outro lado do prisma.
Onde tudo era mais cor.
E a luz inundava todos os cantos.
A alma caminhava mais livre no olhar.
Sem máscaras a retirar
Quando corajosamente ia se apresentar.
O meu olhar
Não tinha sido umedecido por tantas lágrimas
Sofrimento não sabia enxergar.
Via alegria, magia, amor.
Mesmo presente a dor.
Tenho saudades
Dos olhos de criança que eu tinha
Que via o mundo do outro lado do prisma.
Hoje trago sombras aos olhos.
Sombras coloridas por sombras.
Pelo pó da vida.
Pelas cores baratas de maquiagem.
Que tentam esconder a sombra
Do medo, da dor e da falta de prazer
Que teimam, por trás das máscaras, aparecer.
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