sábado, 16 de agosto de 2008

Ampulheta da vida.

Ampulheta da vida.

O tempo passou

E insistes em não ver

Finges que para ti ele parou

E esforça-te para ou outros não perceberem

Tua agonia, teu sofrimento, tua dor.

Ao ver surgir no teu corpo

Apesar de teu horror

As marcas desse terrível molestador

O tempo.

Que tira a firmeza da tua pele

Enruga tua face

Entrava teus ossos

Encrava espinhos nos teus sonhos.

Contudo, insistes, veemente em negar.

A passagem dos ponteiros do relógio

Os nascimentos e mortes do Sol

As primaveras que se foram em frescas manhãs

Os verões que te marcaram endurecendo teu coração.

Insistes em vão...

Pois, mesmo vestida de criança.

Teus olhos dizem os anos que se passaram

Nas lembranças que por essas janelas escapam

O descer da areia da ampulheta da vida.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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