Vens como bruma pesada e encobres a paisagem
E não permite ver toda realidade.
Deformas o que é intuído.
Esconde o malfeitor, a antiga prisão, a armadilha do vilão.
Entortas a percepção.
Busca minha proteção causando-me medo na ação
Criando a falsa ilusão de que estacionada, sem risco, sem confusão.
Vivo.
Está comigo há tantas vidas que nem lembro
Que sempre estás colocando-me o véu da ilusão.
Entorpecendo as minhas recordações,
Varrendo-as com seu vento.
Mas, há de chegar a hora.
Em que pronta para enfrentar minha própria historia
Sacudirei teu julgo Senhor.
E adentrarei em minhas próprias memorias.
Reconhecendo o que me prende ao passado,
Para caminhar livre de pesos no presente,
Perdoar conscientemente e viver ciente
De todos que me causaram dor ou prazer,
De todas as ações que perpetrei contra ou a favor da Lei
Serei assim eu livre de amarras que me impões a mente
Tornando ser consciente.
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