Ouço tuas gargalhadas espalhafatosas
Teu riso desmembrado do real
O som estridente da tua alegria
Pergunto-me é natural?
Nos teus olhos pupilas alcoólicas
O bafo da cerveja
A secreção bucal da maconha
O que buscas?
No toque dos tambores alucinados
Das músicas que gritam aos teus sentidos primitivos
Do som alto
Indago o que tentas sufocar com tais ruídos?
Fim de festa
Bêbado
Sem rumo
Dormes sob a marquise como criança abandonada.
Não há mais drogas
Nem risos
Nem musicas
Somente tu e tua verdade adormecida.
Perdida entre as festas da carne
Escondida pela falsa alegria
Escondes tão bem tua agonia
De não ser o que querias.
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