O Tarólogo.
Fez o caminho do guerreiro pacifico
Fez o caminho do autoconhecimento.
Começou como Louco no início da estrada
Um pouco de todos, a alegria do bufão.
Tornou-se o Mago.
Além da busca sabia o seu potencial
Conhecia seus instrumentos de poder
Bastava usá-los.
Encontrou em si a Papisa,
Encontrou a vidência,
A intuição e a usou para bem então.
Tomou para si a Imperatriz.
Tomou o poder,
Tomou também sua docilidade,
Seu lado feminino.
Conheceu a força bruta.
Os Imperadores da vida.
Que pressionam, fingem e matam.
Não quis sê-lo.
Preferiu o Papa.
A fé removendo montanhas de obstáculo.
Fortalecendo e renovando.
Os Amantes.
Chegou à hora da escolha.
De ser o que era ou não.
Escolheu sua verdade.
Em frente ao Carro.
Estava a definir seu destino.
O mundo comum.
Ou o outro lado do véu.
O oculto lhe ganhou a vida.
A Justiça do buscador.
Veio lhe cobrar a decisão.
Do caminho da dor e amor.
E o que era lhe devido foi dado então.
Assumiu o Eremita, a solidão.
O destino de ilumina outros destinos.
A sabedoria dividia com quem lhe aparecia.
A Roda da Fortuna.
O levou para baixo e para cima.
E ele sabia como suportar,
As idas e vindas da vida.
A Força fazia parte da sua alma.
Acreditava em si,
Acreditava no destino,
Acreditava nos deuses.
O Enforcado lembrava-o da sua diferença,
Da sua inadequação ao mundo cão.
Da sua não satisfação à falta de amor ou perdão.
A Morte era comum em sua vida.
Fechava e abria novos ciclos.
Novos amores.
Novos mundos.
A Temperança era sua constante,
Como sua busca pelo equilíbrio,
Pela moral, pelo bem.
O Diabo há o diabo, de certo incomodava.
Era o dinheiro que faltava.
A matéria esquecida.
Quantas vezes necessárias.
A Torre não o assustava.
A via como algo a ser descartado.
A Deusa não temia.
Amava-a.
A Estrela o iluminava.
Aumentava sua fé.
Em si e no mundo.
Levando-o em frente na caminhada.
A Lua a que esconde e se esconde.
Nunca o transtornou, o segredo, a magia.
Pois, com ela brincava e sorria.
E plantava sementes de luz e alegria.
O Sol da bondade e pureza.
O Sol que não o abandonava.
Pela razão de ser o que ele era.
Amigo, bondoso, caridoso.
O Julgamento ele já esperava.
Preparou-se por longo tempo.
A balança divina pesou erros e acertos.
E ele não termia o desfecho.
O Mundo espiritual abriu as suas portas.
Recebeu mais esse filho de Gaia.
Que somou sua luz às outras.
Para iluminar os que te amam e ficaram.
(Para o saudoso amigo Eros Sóstenes. Um dos primeiros bruxos
na minha estrada. Vítima do amor pela AIDS.)