segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mãe Dulcíssima.


Tocas minha alma

Com teu amor.

Com teus olhos

Olha-me carinhosamente.


Teu olhar doce Mãe

Afasta as trevas da minha ignorância.

Senhora de Luz

Mãe de todos.


Tu que abraças o mundo

E os homens como teus filhos.

Nunca no abandonas


Roga por nós Senhora.

Apesar de nossos maus pendores

Ama-nos incondicionalmente.


Amo-te Mãe Maria.

Tua face

Teu sorriso

Tuas bênçãos.


Assim é.

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domingo, 29 de junho de 2008

O tarólogo

O Tarólogo.

 

Fez o caminho do guerreiro pacifico

Fez o caminho do autoconhecimento.

Começou como Louco no início da estrada

Um pouco de todos, a alegria do bufão.

Tornou-se o Mago.

Além da busca sabia o seu potencial

Conhecia seus instrumentos de poder

Bastava usá-los.

Encontrou em si a Papisa,

Encontrou a vidência,

A intuição e a usou para bem então.

Tomou para si a Imperatriz.

Tomou o poder,

Tomou também sua docilidade,

Seu lado feminino.

Conheceu a força bruta.

Os Imperadores da vida.

Que pressionam, fingem e matam.

Não quis sê-lo.

Preferiu o Papa.

A fé removendo montanhas de obstáculo.

Fortalecendo e renovando.

Os Amantes.

Chegou à hora da escolha.

De ser o que era ou não.

Escolheu sua verdade.

Em frente ao Carro.

Estava a definir seu destino.

O mundo comum.

Ou o outro lado do véu.

O oculto lhe ganhou a vida.

A Justiça do buscador.

Veio lhe cobrar a decisão.

Do caminho da dor e amor.

E o que era lhe devido foi dado então.

Assumiu o Eremita, a solidão.

O destino de ilumina outros destinos.

A sabedoria dividia com quem lhe aparecia.

A Roda da Fortuna.

O levou para baixo e para cima.

E ele sabia como suportar,

As idas e vindas da vida.

A Força fazia parte da sua alma.

Acreditava em si,

Acreditava no destino,

Acreditava nos deuses.

O Enforcado lembrava-o da sua diferença,

Da sua inadequação ao mundo cão.

Da sua não satisfação à falta de amor ou perdão.

A Morte era comum em sua vida.

Fechava e abria novos ciclos.

Novos amores.

Novos mundos.

A Temperança era sua constante,

Como sua busca pelo equilíbrio,

Pela moral, pelo bem.

O Diabo há o diabo, de certo incomodava.

Era o dinheiro que faltava.

A matéria esquecida.

Quantas vezes necessárias.

A Torre não o assustava.

A via como algo a ser descartado.

A Deusa não temia.

Amava-a.

A Estrela o iluminava.

Aumentava sua fé.

Em si e no mundo.

Levando-o em frente na caminhada.

A Lua a que esconde e se esconde.

Nunca o transtornou, o segredo, a magia.

Pois, com ela brincava e sorria.

E plantava sementes de luz e alegria.

O Sol da bondade e pureza.

O Sol que não o abandonava.

Pela razão de ser o que ele era.

Amigo, bondoso, caridoso.

O Julgamento ele já esperava.

Preparou-se por longo tempo.

A balança divina pesou erros e acertos.

E ele não termia o desfecho.

O Mundo espiritual abriu as suas portas.

Recebeu mais esse filho de Gaia.

Que somou sua luz às outras.

Para iluminar os que te amam e ficaram.

(Para o saudoso amigo Eros Sóstenes. Um dos primeiros bruxos na minha estrada. Vítima do amor pela AIDS.)

sábado, 28 de junho de 2008

Seja feliz.


Seja feliz com o que tens.

O que não tiveres

O que, apesar da luta, não conseguires.

Não é teu.

Não te convém.


Toda riqueza do mundo

Reside em se estar feliz.

Felicidade

Vem de dentro para fora

Não de fora para dentro.


Tendo pouco

Podemos ter muito.

Tendo muito

Podemos ser pouco.


Felicidade é estado de alma

É paz de espírito

É riqueza inesgotável

Que o ladrão não rouba

E as traças não corroem.


Ser feliz

É ser criador de felicidade

Para todos os outros que passam pelo caminho


Que bate a tua porta

Que convive contigo

Que seja seu inimigo

Que seja seu irmão.


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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Terra de Verão.



A Terra de Verão está em festa.

Anões organizam as flores.

Fadas iluminam o ar com seu pós coloridos e brilhantes.

Mães d’água penteiam-se

Adornam-se e cantam.

Silfos sopram ventos calmos.

Unicórnios se postam a entrada dessa estranha Terra.

Que reúne todos os sonhos.

Gigantes fazem das montanhas assento.

Reis e mágicas rainhas esperam pacientes.

Duendes correm e sorriem.

Gnomos trabalham para receber o novo morador.

Bruxas e bruxos cantarolam encantos de amor.

Deuses se reúnem solene.

A Mãe espera seu filho.

Filho que a amou.

Filho que a honrou.

E ele chega sorrindo.

Ela o abraça.

E seguem unidos.

Para um descanso,

Um sonho,

Merecido.

(Que a Deusa te ilumine meu bruxo amigo, Eros Sóstenes, nessa nova vida).

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Letras d’alma.

Letras d’alma.


Letras d’alma em banho Maria.

Em fogo brando aquece.

Meu coração fortalece

Faz-me reviver.


Acorda sentimentos dormentes,

Revive cenas crentes,

Donde presenciei o amor atuar.


Letras d’alma que aprecio.

E não me sinto tão vazio,

Como um balão aberto solto ao ar.


São as cenas de vidas minhas,

Sentimentos acossados,

Orgulho espezinhado,

Sobriedade obtida.


Letras d’alma

Alma minha.

Que não tem quem a ninar.

Letras que abrem o mundo da poesia.


Letras d'alma,

Alma minha.

Nos poemas te aninha.

Faz minha alma sonhar.


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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Levarei da vida:


Levarei da vida:

O que aprendi nos livros da escola,

Na banca da universidade,

Nos textos teatrais,

Nos filmes excepcionais,

Nas histórias zen.

Nos contos da carochinha.

Nos cantos dos tenores.

Na lição espírita.

Nas crenças espiritualistas.

No baque dos tambores.

Nas mãos que me foram estendidas.

De forma tão amiga.

Nas conversas ao telefone.

Nas poucas cartas escritas.

No toque e na cura.

Das mãos que aliviam.

No ouvir os mortos que não partiram.

No seguir o que me soprava o guia.

De buscar meu anjo sempre com alegria.

Do momento de oração.

Em que estava eu e Ele.

E eu abria meu coração.

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terça-feira, 24 de junho de 2008

Teu choro.


Teu choro é de alma sofrida.

Arruinada por uma má vida.

Atropelada pelos desejos abomináveis.


Teu choro...

Não comove os anjos.

Não tocam os bons espíritos.

Não atraem os que socorrem.


Teu choro...

Não anula tua desgraça.

Não finda teus sofrimentos.

Não alivia tuas dores e tormentos.


Teu choro...

Só infelicita a quem tem má sorte de ouvir.

Pois, aqueles que ouvem sabem,

Que nada podem fazer por ti.


Teu choro...

Só atrai outros infelizes.

Que se juntam aos teus lamentos ocos.

A tua ruína.


Teu choro...

Soluços profundos,

Olhos vermelhos,

Corpo decomposto.


Teu choro...

É falso.

Como foste em vida.

Tua maldição após a morte.


Teu choro...

Resultado dos teus atos,

Soma dos teus erros,

Retorno das tuas maldades.

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Erva daninha.

Erva daninha.

Não, não sabia dessa erva daninha,

Não percebi sua presença

Não notei que aqui estava.

Não a senti,

Não pensei em cuidá-la,

Não, eu não sabia.

Da sua existência em minha alma.

Do que ela corrompia,

Do que ela enlameava,

Do que ela me fazia.

Não, não notei que ela crescia.

Transfigurada de mágoa,

Enganava-me,

Molestava meu descanso,

Minha paz,

E eu nem suspeitava.

Quem dentro do meu coração habitava,

O ódio tresloucado,

Dementado,

Destruidor inveterado,

Do amor,

Flor tão frágil,

Que pouco a pouco tenho tentado,

Implantar no meu coração.

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domingo, 22 de junho de 2008

Quando partires...


Quando partires...

Quem ouvirá minhas queixas?

Quem me orientará com sabedoria?

Quem poderá, com autoridade, me chamar à atenção?

Quem terá, por direito, de me levantar a mão?

Quem me colocará a cabeça no colo?

Quem me dirá o que não quero ouvir?

Quem rezará por mim?

Quem estará sempre a me esperar?

Quem, por mais mal que eu faça, continuará a me amar?

Quem será como tu para mim?

Quem dará sua vida pela minha?

Quem trocará seu bem estar pelo meu?

Quem será meu porto, meu farol?

Quem proporcionará a mim tanto amor incondicional?

Quem?

Nesta Terra...

Ninguém.

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sábado, 21 de junho de 2008

Pim, pam, pum...

Pim, pam, pum...

Cada bala mata um...

Um dos filhos de D. Maria da esquina.

Um dos alunos da escola do bairro.

Um pai de família.

Uma criança de bala perdida.

Um policial em serviço.

Uma dona de casa nas compras.

Pim, pam, pum...

Cada bala mata um...

Deixando uma mãe enlouquecida.

Uma escola abalada mentalmente.

Uma família sem arrimo.

O futuro.

A ordem do Estado.

Filhos sem mãe.

Pim, pam, pum...

Cada bala mata um...

Sonho de paz.

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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Amado amigo


Amado amigo

Quantas e quantas vezes estivesse comigo

Nos momentos solitários.

Que tamanha alegria a cada reencontro

Mesmo que fosse a separação menos de um dia.

Que fidelidade me dedicaste

Que amor

Que paciência

Que bondade.

Em teus olhos a inocência

Daqueles que não têm maldade.

Tua proteção feroz

Demonstrava teu ciúme

E eu a vaidade.

Teus passos mansos

Teu silêncio as minhas reclamações.

Tudo esquecia

Tudo perdoava

Mas, eu também te amava.

E como doeu quando te foste

Teu último suspiro acompanhei

Pois, eras meu melhor amigo.

Como fosse um filho

Nunca vou te dizer adeus.

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Disciplina.

Eis o que encontro...

Depois de tanta esperança

Como fui um tonto.

Esforcei-me pela luz

Encarei problemas

Nada que não resolvesse

Tudo valia a pena.

Impunha-me para obter a ordem

Para que o caos não se instalasse

Fosse na família

Fosse no trabalho

Não existia compaixão ao que erravam

Aos fracos

Aos lerdos

Aos imbecis.

Todos têm que aprender que a disciplina é vital

E disciplinando vigorosamente

Passei a minha vida honestamente.

De que valeu?

Quando agora

Depois da última hora

Dizem-me: valia mais o amor!

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Vale?

Vale tanto esforço?

Tanta dor.

Tanta desilusão.

Vale tomar essa decisão?

De perde o mundo.

De não aproveitar prazeres.

De não viver instintos.

De não aproveitar o oferecido.

Vale a pena?

Cumprir com o dever.

Ser honesto.

Educado.

Amar sem ser amado.

Vale ser cristão?

Fazer ao outro o bem.

Mesmo quando não nos beneficiamos.

Deixar o inimigo em paz.

Não odiar quem nos persegue.

Espero que sim.

Acredito que sim.

Sei que sim.

Quando do outro lado ouço as vozes.

Dos que assim fizeram.

E gozam da paz e benevolência.

Do Cristo.

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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sem notar...


Leve vento o som

O som do meu choro

Choro de tristeza

Tristeza de amor perdido

Perdido no tempo

Tempo que se foi

Foi e não volta mais

Mais solidão em minha vida

Vida já tão vazia de amor

Amor que durou pouco

Pouco, pois não resistiu ao dia-a-dia.

Dia após dia, as mesmas situações

Situações que se tornaram tédio

Tédio de nossas presenças

Presenças que incomoda a um e ao outro

Outro dia quem sabe? Nos uniremos

Uniremos nosso tédio e os sonhos esquecidos

Esquecido que nos amamos tanto

Tanto, tanto que passamos juntos toda a vida.

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domingo, 15 de junho de 2008

Abençoas Pai.


Abençoas Pai.


Meus pés nas estradas.

Os caminhos que escolhi.

As veredas percorridas.

As paradas necessárias.

O descanso preciso.

Abençoas Pai.

Os erros cometidos.

A palavra não pensada.

O encanto ilusório.

As decisões erradas.

Abençoas Pai.

O trabalho cansativo.

A luta necessária.

A carga posta a mais nos ombros.

Abençoas Pai.

Os erros.

Os vícios.

Os enganos.

As mentiras.

Abençoas Pai.

A alegria.

O sorriso.

Os amigos.

As festas e banquetes.

Abençoas Pai.

Tudo isso me fez crescer.

Conhecer a mim mesma.

E me levaram mais próximo de Ti.

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sábado, 14 de junho de 2008

Ser de Luz.


Ser de Luz.


Ser de Luz.

Sejas meu alento.

Nesta terra de tormentos.

Onde vim parar.

Ser de Luz.

Seja minha estrada

Para sair dessa maldita paragem

Onde a dor impera encarnada.

Ser de Luz

Sejas meu conforto

Entre os gritos dementados

Dos que aqui estão.

Ser de Luz

Seja o guia

Para meus olhos cegos

Nas brumas desse canto.

Ser de Luz

Dá-me tua mão

Segura-me para eu não cair no abismo.

Ser de Luz

Perdoa meus erros

Que me trouxeram a esse inferno.

Socorre-me em nome de Deus.

Ser de Luz

Já não suporto a dor das minhas chagas.

Purulentas e fétidas.

Sinto nojo de mim.

Ser de Luz

Onde foi parar o que eu era

Belo, jovem, saudável, rico.

Que fiz para tudo perder e me transformar nesse mostro?

Ser de Luz

Maldito que não me ouves

Não te apiedas de mim?

Não vês meus sofrimento?

Minha fome? Minha dor?


_ Tanto quanto tu ouviste as dores dos teus irmãos.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Tatuagem do tempo.



Quem te convidou?

Não sabes que não és bem vinda?

Por que te estampas em minha face?

Ah! Maldita.

Não poderia esperar para os últimos dias.

Por que me deformas ao pouco?

Sois tatuagem do tempo.

Que surge lenta como o mesmo.

E toma ar de senhora.

Dona de todos os espaços do corpo.

Espalha-se por fora e por dentro.

E diz todos os dias: cheguei!

No espelho te enxergo perfeitamente,

Ali, junto a mim, em mim.

Não gostaria de te ter como companhia.

Todavia vieste.

De manso.

E quando notei já estavas instalada em minha casa.

E minha alma chorou.

Pois, não tinha notado os ponteiros do relógio.

E o que deixou para fazer depois.

Tu cresce.

Eu diminuo.

Até que tome todos os lugares e cantinhos.

Até que eu ceda meu último fio de cabelo.

E feneça de velhice.

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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Tua cruz.


Toma tua cruz e vem.

Pelos tortos caminhos

Que antes construísses.

Vem!

Ver toda miséria que contribuísses

Para criar.

Deixar tua lágrima rolar.

Mas, vem.

A cruz te pesará ao ombro.

Mas, vem.

Estarei contigo.

Aliviarei teu fado.

Mas, é teu esse fado.

O meu caminho já o fiz

Estou aqui para ajudar no teu.

Toma tua cruz.

Não temas.

Cada dor e espinho na carne.

É redenção à alma.

Ao fim da jornada planta tua cruz junto a outras tantas

Incontáveis.

Saberás o poder da dor

Na mudança do ser

Serás vencedor de si mesmo.

Vens...

Recebe meu irmão meu abraço.

Conduzisse essa tua vida como guerreiro.

Se temesse, te superasses.

Agora descansas

Refaz-te

Outras caminhadas te esperam para a perfeição.

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Como ser feliz?


Como ser feliz?

Que receita buscarei para ser feliz?

Ser feliz não é ter tudo que se deseja.

Não é ser tudo que se almeja.

Não é ser rico.

Nem tão pouco pobre.

Não é correr mundo.

Ou trancar-se no seu ninho.

Não é ter filhos.

Ou deixar de tê-los.

Ser feliz...

Não é só amar a si mesmo.

Ou amar os outros.

Não é viver tranqüilo.

Ou se aventurar nos perigos da vida.

Experenciar de tudo.

Ou conter os devaneios.

Ser feliz...

Não é ter um companheiro bom, um bom companheiro.

Não é mesmo amar o mundo inteiro.

Não é ver, ouvir, andar, cheirar, escutar.

Ser feliz o que será?

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terça-feira, 10 de junho de 2008

Quem dera saber...

Quem dera saber...

Quem dera saber o segredo:

O segredo da felicidade,

Do riso fácil e solto,

Da irmandade.

Quem dera saber o segredo:

Da leveza d’alma,

Da franqueza branda,

Da ternura manifesta.

Quem dera saber o segredo:

Do nunca se aborrecer,

De perdoar sempre,

De não lembrar o mal.

Quem dera saber o segredo:

De não se cansar auxiliando,

De sempre andar amando,

De servir com coração.

Quem dera saber o segredo...

Eu contaria a todos.

E então o mundo seria melhor lugar

Para todos irmãos.

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

Soubesse eu e não teria entregue.

Soubesse eu e não teria me entregue.

A esse amor condenado

A morrer de tédio sem esperança.

Soubesse eu e não teria entregado.

A minha vida a tua

O meu futuro ao teu passado.

Soubesse eu e não teria entregado.

Minhas mãos aos teus serviços

Minha voz a tua defesa.

Soubesse eu e não teria entregado.

Tantos dias de minha vida

Para viver em agonia.

Soubesse eu e não teria entregado.

Meus bens as tuas necessidades

Meu trabalho a tua ociosidade.

Soubesse eu e não teria entregado.

Meu coração ao teu

Minha alma a tua.

Soubesse eu e não teria entregado.

Minha felicidade...

Em tuas mãos.

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domingo, 8 de junho de 2008

Procura-se.




Procurei e achei um amigo perfeito.

Cheio de paciência.

Que não se aflige com a falta da minha presença.

Que está sempre disposto a me ouvir.

Que me protege.

Que não me deixa ferir ou ferido ser.

Que está sempre ao meu lado.

Que esteja eu de bom ou mau humor.

Que suporta minhas manias.

Que luta por meus sonhos.

Que chora minhas lágrimas.

Que perdoa meus erros.

Que me abraça com amor.

Que me aceita como sou.

Que! Tu achas impossível!

Que nada irmão.

Esse amigo já tenho...

Meu Pai, Meu Senhor...


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sábado, 7 de junho de 2008

Sem querer.


Não te esqueço.

Não lembro de te esquecer.

Nem sei se quero tuas lembranças perder.

Nas noites de chuva sozinho.

Penso em você.

No Sol que nasce no caminho,

Nas estradas,

Na solidão do quarto,

Vem a mim você.

Não passas de uma lembrança,

Que entristece meu viver.

Mas, aí de mim sem você.

Esperança de um dia te ver,

Pedir teu perdão.

Sair da minha vida tua lembrança.

Quem sabe realmente te esquecer?

Mesmo sem eu querer...

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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ao meu lado.




Senta ao meu lado anjo.

Ouve minha história.

Longa como a vida.

Triste como a despedida.


Senta ao meu lado anjo.

Clareia minha sombra.

Aceita-me como sou.

Acata minha dor.


Senta ao meu lado anjo.

Com tua Luz me conduz

A caminhos mais planos.

Onde não tenha tanto desenganos.


Senta ao meu lado anjo.

Acolhe-me em teus braços.

Permite-me descansar no teu ombro.

Cobre-me com tuas asas.


Senta ao meu lado anjo.

E deixa-me chorar.

Nesse momento sublime.

Da alma se libertar.

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Anjos feridos.



Por que mãos que deveriam acariciar batem?

Em seres que deveriam amar...


Maltratam?

Seres que deveriam cuidar.


Desleixam?

A quem deveria proteger .


Calam?

Por quem deveria gritar.


Atacam?

Quem deveriam preservar.


Por que quem recebe tais anjos

Não lhes dão apreço?


Que tormentos passam essas almas...

Para cometer horrendos erros?


Quem são...

Os torturadores de anjo?

Que ganham...

Qual prazer...

Que parem...

Caso não pelo amor.

Pela dor...

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Tudo tem fim.

Tudo tem fim.

Porque tudo tem fim

Eu estou aqui.

Para experimentar a vida

Nessa maneira de existir.

Para saborear

As cores

Sentir perfumes

Vê maravilhas.

Para pisar em grama molhada

Sentir o chão de barro

E o frescor da terra.

Para deitar sobre um céu de brigadeiro

E contar bilhões de estrelas

Sem me contar o tempo.

Para gerar vida

Cuidar, amar, alimentar.

Quem ou o que as minhas mãos chegar.

Para dizer belas palavras

Para encantar e dissipar trevas

Para trazer luz

Para, aprender a amar.

Perdoar

Aceitar

Cansar e dormir.

Para noutra vida acordar.

E reiniciar.

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terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu...

Eu...


Eu...

Ainda não consigo amar os homens:

Que não conheço.

Os que estão longe.

Os que me são diferentes.

Os que acho mal.

Eu...

Tento amar:

Aqueles com que convivo.

Aqueles que me amam.

Aqueles que se dizem meus amigos.

Aqueles que nem ligo.


Eu...

Busco severamente e não serenamente:

Aumentar meu amor.

Por todos sem exceções.

Amar com veracidade d’alma.

A qualquer irmão.


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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Errei.

Errei.

Errei...
Quando não enxuguei as minhas lágrimas.

Errei...
Quando não compreendi os meus sentimentos.

Errei...
Quando temi ficar só.

Errei...
Quando senti dor e a escondi.

Errei...
Quando não segui em frente.

Errei...
Quando não me perdoei.

Errei...
Quando desculpei a todos menos a mim mesma.

Errei...
Porque amei mais ao outro.

Errei...
Porque esqueci minhas vontades e sonhos.

Errei...
Por concordar com uma mentira.

Errei...
Por ter amado cegamente.

Errei...
Por ter deixado de amar.

Errei...
Por não seguir minha estrada.

Errei...
Por não ter seguido meus instintos, minha intuição.

Errei...
Porque confie em ti.


Errei...
Porque não busquei logo a Deus o senhor do meu destino.

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domingo, 1 de junho de 2008

Eco.

Eco.


Por que sempre só?

Por que sempre só?

Por que sem amor?

Por que sem amor?

Por que tal mal me afligiu?

Por que tal mal me afligiu?

Por que sem par?

Por que sem par?

Por que sem paixão?

Por que sem paixão?

Por que tanta desilusão?

Por que tanta desilusão?

Por que tanta dor?

Por que tanta dor?

Por que tanta falta de amor?

Por que tanta falta de amor?

Por que noite escura e frio eterno?

Por que noite escura e frio eterno?

Responde-me te imploro!

Resultado das tuas escolhas irmã.

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