domingo, 22 de janeiro de 2012

Rejeito.

Rejeito...

A falta de amor ao próximo,

A falta de auto-amor.

A censura que violenta,

A libertinagem que corrompe.

A falsa amizade,

A amizade que magoa.

As palavras torpes,

As palavras que humilham.

A mão que agride,

A mão que destrói.

A vida seca de carinho,

A vida sem esperança, sem um ninho.

Rejeito...

A tudo que desumaniza,

A tudo que torna mais animal o homem,

A tudo que nos retêm no lamaçal dos baixos instintos,

A tudo que nos afaste do Bem,

A tudo que nos afaste do Belo,

A tudo que nos afaste do Bom.

A tudo que nos afaste de Deus.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O que me impulsiona.


O que me impulsiona.

A nunca desistir de sonhos.

A apostar sempre no bom destino.

A crer na palavra alheia.

A procurar o melhor no outro.

A silenciar frente à ofensa.

A não maldizer a má sorte.

A não calar frente a uma injustiça.

A calar quando nada deva ser dito.

A amar da melhor maneira a mim possível.

A não deixar a tristeza ficar por mais de um dia.

A recebê-la outra hora abraçá-la e mandá-la embora.

A não ter desistido de sorrir.

A ser diferente por não me incomodar como estou.

A procura ser o que sou.

A viajar dentro da minha alma.

A traçar caminhos escuros.

A correr riscos inoportunos.

A buscar incessantemente o que desejo.

O que me impulsiona?

À vontade de reencontrar a Luz Divina.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Eu vivi.



Eu vivi.

Momentos que não estão mais na lembrança.

Momentos fugidios, rápidos, ligeiros.

Apagados pelo tempo.

Mas, eu vivi.

Os sonhos de criança.

O barquinho de papel na chuva.

Pegar tanajura.

Sim, vivi.

De pés na terra.

Correndo no areal.

Criando sonhos deitada no quintal.

Vivi.

A dor de me tornar mulher.

O incômodo de começar a envelhecer.

Mesmo, na hora, disso não saber.

Como vivi.

A adolescência em sorrisos.

Em bobas loucuras.

Sem compromisso.

Vivi profundamente.

O primeiro amor.

Amor não correspondido.

Amor tão belo perdido.

Vivi.

Prazer e dor.

Ódio e amor.

Sem censura sem pudor.

Vivi meu mundo.

Sabendo que eu era.

Jovem, guerreira, forte e verdadeira.

Vivi e envelheci.

Deixando para trás tanto valores.

Para me tornar adulta.

Vivi as falsas manhas dos homens.

Seus jogos de poder.

Para poder sobreviver.

Vivo hoje.

E tento não mais conter.

O que sobrou da criança e da jovem.

Dentro do meu ser.

Para ser e não só ter.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Onde meus amigos andam?



Hozana nas alturas...

Joãozinho já é idoso.

Girão girando o mundo...

Pedro virou nóe...

Graça entre os santos...

Terezinha de Jesus...

Pierre não era francês...

Gize virou avó...

Giza medita...

Luci é ainda Elma...

Mary foi a Ipanema...

Mariomar ao poder...

Jane ao amor...



Como eram os seus nomes?

Os outros que por mim passaram.


Esqueci...

Os que não eram amigos verdadeiros.

Fingidos, brincalhões, trapaceiros.

De risos infantis.


domingo, 15 de janeiro de 2012

Livre?




Olha para os céus de nuvens brancas

Rasgando-o em câmera lenta

Um condor.

Uma imagem inesquecível

Uma ave poderosa

Que plaina no ar

Livre de todas as amarras.

Seu vôo parece bailado

Sincronizado com a natureza

Sua liberdade parece infinita

Sua majestade intensa.

Voa alto.

Como se nada o detivesse

Nada conseguisse prendê-lo.

Voa o condor

Com seus olhos procura do alto

Sua sobrevivência.

Acima dele

A morte certa.

Abaixo dele seu alimento.

Preso estar a sua fome.

A seu instinto de sobrevivência

A seu instinto de caçador.

Olha novamente o homem o condor.

E deseja ser tão livre como ele.

Demonstração dos enganos de julgamentos.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Teu anjo.



Teu anjo.

Sem que saibas

Vela teu sono


Espanta as sombras

Socorre-te nos pesadelos

Leva-te aos locais de bons sonhos


Voa contigo

Te instrui sobre o outro lado

Segura tua mão nas estreitas passagens


Seca tuas lágrimas

Te faz sorrir

Não te abandona


Mesmo que te tenhas afastado do caminho

Canta para te chamar atenção

Espera incansável teu retorno


Ao seu abraço amigo

E seu sorriso é luz

Quando tu o reencontras.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Em busca.



Escuro manto silencioso recobriria a Terra,
Caso não fosse a Luz solar diurna
Ou os bilhões de astros picando
E a Lua, branca, roda gigante, no céu noturno.
Trazendo Luz.

A traçar caminhos no céu terra, céu mar,
Pássaros noturnos enfeitam a escuridão
Com seus pios agourentos.
Pousa branca coruja na torre da igrejinha.
Nos seus olhos esbugalhados Luz.

A cidade pequena dorme cedo.
O vento brinca de rodopiar as folhas ao chão.
O silêncio da noite cheio de barulhos de insetos.
A mariposa atrás da Luz dos lampiões.
E eu em busca da Luz de Deus.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Meu guia.



Meu irmão.

Quanta falta.

Quanto tempo.

Quantas noites.

Ainda te procuro.

Tua doçura.

Teu amor.

Tuas sábias palavras.

Teus conselhos disfarçados.

Teu sorriso de boca pequena.

A esconder tantos mistérios.

Teus passos miúdos.

Tua roupa de monge.

Teu silêncio...

Tu que foste causa do aumento de minha fé.

Onde está meu amigo, meu irmão?

Quando falarei contigo?

E lembrarei disso?

Estou tentando.

Sentir tua presença,

Tuas energias sutis, finas, delicadas,

Deleite para os meus sentidos.

Faz-me voltar a te encontrar.

Ouvir falar do Cristo.

De Deus.

Do bom caminho.

Da boa luta.

Sinto saudades.

E o véu da morte nos separa.

Não sei ir onde estás.

Nem sei se poderia ir.

Mas, tu vens,

Sempre vens ajudar.

Mata minha saudade.

De te escutar.