sábado, 5 de janeiro de 2019

Inspire-nos os anjos

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Que os anjos me inspirem a falar de felicidade.

Que eles me lembrem as promessas de Nosso Deus.

Que nos prometeu o maná dos céus.

A vida eterna.

A alegria de um céu sem dor ou censura.

Que os anjos ponham em minha boca palavras de doçura.

E que a dor que te aperta o peito se afrouxe.

E vá se embora feliz como pássaro solto da gaiola.

Que descobriu que há muito, a porta estava aberta.

E era só empurrar com o bico e ela se abriria para o céu azul.

Que os anjos nos mostrem a porta aberta.

Para mim e para você.

A saída do problema que nos aflige.

O escape das nossas próprias tramas.

O apego ao nosso próprio sofrimento.

O pagamento das nossas dividas.

O resgate amoroso dos nossos erros.

Pois, não há falta de amor divino.

Existe só nossa cegueira espiritual.

Cura Jesus

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Verte sobre mim teu olhar de cura

De paciência e tolerância,

De compreensão infinita,

De amor e compaixão.

Que tua luz se propague no meu ser

Mesmo que minhas sombras espessas se revoltem

E entre lamurio, gemidos e gritos esperneiem

Olhas para mim.

Em teus olhos minha esperada cura

Em tua luz minha resiliência

Em minhas sombras minha pestilência,

Em tuas mãos minha redenção.

Jesus!


Um teto

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Esse pouso novo em que me encontro
Na verdade, não é meu canto.
E nisso não me engano.
É só mais um lugar e pronto.
Não o escolhi ele veio pra mim.
Não torci, nem desejei, nem sonhei.
Mas, o abraço sim.
O acolho em suas nuas paredes,
Sem os antigos pegadores de rede.
No traçado reto de suas quinas,
E suas janelas pelas quais não vejo as esquinas.
Agora somos pertencentes e complementos.
Como um útero seco pelo tempo
Que recebe um feto como alento.
Colorimos nossas vidas
Ele como teto
Eu como sua inquilina.

Mallika Fittipaldi autoria
  

Sem Rimas

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Escrevo sem rimas
Rimas são coisas antigas
Sem pontos ou virgulas
Ninguém liga
Linhas tortas e sem rumos
Não precisa nem prumo
Poemas que nada dizem
Ou falam tudo
Depende de quem lê
E como interpreta o conteúdo
Como essa nova vida
Onde se pode tudo
Escolha do Ser nauseabundo
Que não busca seu Eu Profundo
E sem rima, sem rumo ou prumo
Vagabundeia no seu universo moribundo

Mallika Fittipaldi.  autoria. 2019



sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Folhas mortas

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Folhas mortas

Por toda terra folhas mortas
Ressecadas pelo Sol da violência
Espremidas umas entre as outras
Soterradas em si.

Folhas mortas

Criadas pela vida
Destinadas a morte
Tantas tão cedo...

Folhas mortas

Caídas dos seus sonhos
Desmembradas dos mais tenros desejos
Enganadas pelas ilusões
Corroídas até por singelos anseios.

Folhas mortas

Mesmo sem ser outono
Deixadas de lado, abandonadas
Pela árvore mãe
Pelos irmãos galhos.

Folhas mortas

Sem raízes
Entregues ao vento
Não há mais sonhos
Nem mesmo pensamentos.

Folhas mortas

Somente a terra úmida do tumulo fresco 
Como cobertor Dantesco
De todos os sonhos uma vez vivido
Os quais elas sentem findo. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Louça Branca


Sua vida,sua escolha, seus sonhos, suas dores,seu passado , seu presente, seu futuro,. É apenas seu, não deles.


Louça branca

Não penso ser uma louça branca, virgem.
Estragam a brancura límpida da peça
Riscos, marcas, rugas, traços que de mim convergem.
Resquícios de vivências onde minha alma tropeça.

As escolhas que faço podem parecer alheias...
Não são. Elas trazem em si um passado, as vezes escuro, que as perneiam.
São as tristezas, erros medos e maculas de outras eras o que as desencadeiam.

A cada pensamento emoção e ato, em busca da melhora, que realizo
Na verdade, não são novos apenas reproduzo e repito
O que já fiz, intentei ou perseguir
E mesmo assim, com esforço, não consegui.

Tendo comigo a fé de que a louça limparei
Sigo em frente! Mesmo que pelas bordas do tempo, meu destino honrarei
E certamente toda macha, da louça, extirparei.

Fica a cada passo uma esperança.
De que um dia essa louça limpa e branca
Receba a Chama Divina que tudo cria.
Então, essa alma, minha alma, não será mais vazia.

Autoria: Mallika Fittipaldi. 2019



segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Decisão




Decidir
Ir ou não ir?
Se sei o que me aguarda se fico...
Então, por que não me arrisco?
Venham as surpresas da vida!
O riso seja talvez minha sina,
Seja eu mais feliz que hoje
Mesmo com as marcas que a vida trouxe.
Seja minha alma livre da mesmice!
O gosto pelo inusitado, mesmo por tanto tempo, guardado
Ainda existe.
Venham novos sonhos, portentosas quimeras.
E mesmo que a “solidão essa pantera”
Espreite o meu ser soturnamente
Arriscar-me-ei a ser feliz novamente.
Mallika Fittipaldi (autoria)

domingo, 30 de dezembro de 2018

domingo, 24 de junho de 2018

O não morto


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De que forma esquecer o que ainda vive?
Mesmo quando fecho os olhos sei que persistes.
Numa existência pardacenta, nevoenta,
Que a minha alma a tua acorrenta.

Como chorar o cadáver que não existe?
Que não desceu a cova.
Que não apodreceu, não fedeu, nem mesmo morreu.

Qual a solução que não seja o frio assassinato
Apagando todos os momentos passados
Des-criando qualquer chance de futuro
Imaginado atos funestos e escuros.

Desejo cortar esses vínculos que a ti me une,
Romper os cordões que nos ligam e me punem,
Por crer, somente crer em tua quimérica perfeição.

Essa dor que se aninhou no meu peito
Rasgou sem conserto todos os teus bons feitos.
Mostrando tua face infame de não anjo
Cheia de tortuosas mentiras para obter teus ganhos.

Não, não quero ser teu juiz e nem teu carrasco.
O que quero realmente é aqueles antigos braços
Onde não se encontrava nós, só doces laços.

Mallika Fittipaldi. Autoria.






sexta-feira, 22 de junho de 2018

Quando...

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Eu ou você fizermos a passagem
Não importa quem primeiro.
E essa vida se torna para nós o que é realmente... Uma miragem
Algo que passou como lição, aprendizado, dor para evolução.
Saibas com fidúcia que para ti escrevo e te deixo de recordação
A sentença verdadeira, correta, exata, valida, a certeza... Amei-te.
Como um ser imperfeito pode amar.
Como ama àquele que percorre vidas após vidas buscando dá acerto as contas.
Procurando ser para quem ama o apoio, a parada, o porto seguro, o esteio.

Pense no que vivemos juntos, busque, no entanto, nossos melhores momentos.
Não creia no inverossímil de que fomos um para o outro ser perfeito.
Cerre os ouvidos a maledicência alheia.
Duvide da má palavra, da intriga, da censura, que a boca o mal recheia.

Não, não te perdoou os erros por inteiro.
Nem quero teu perdão completo, condescendente e altaneiro.
Isso nos apartaria por inteiro.
Basta-me sentir tua falta e tu a minha.
E as mesmas lágrimas que firam meus olhos seja a dor que em te se aninha  
Na última hora dessa alma andorinha levantar voo da carne que a entretinha.

Mallika Fittipaldi. Autoria.