domingo, 11 de dezembro de 2011

Sem amor.





Sem amor não vale a pena.

Acordar pela manhã.

Abrir janelas e portas para o Sol entrar.

Sem amor não vale a pena.

Por tudo no seu lugar.

Sem amor não vale a pena.

Cortar, lavar, ralar.

Sem amor não vale a pena.

Trabalhar.

Sem amor não vale a pena.

Se arrumar,

Se pentear,

Se perfumar.

Sem amor não vale a pena.

Fica a janela,

Velando a rua.

Esperando o amor chegar.

Dissipe teu orgulho, do pensar em teu bem estar.

Ofertas amor e amor receberás.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Amada flor.


Amada flor que fenece

Entre outras tantas te recebi.

Fosses acolhida, aceitas, amparada.

E agora te vais.

Tua cor desbota.

A maciez da tua pele te abandona.

A vida te foge pelos dedos.

Eu te ponho no colo.

E não choro.

Tu também não.

Uno teu coração ao meu, o mesmo som.

Ainda posso te tocar, te sentir, até que vás.

Ainda tem calor teu corpo.

Mas, teus olhos esmorecem.

Teu sorriso é triste

Como o sorriso de quem parte.

Aperto-a ainda mais.

Teu corpo fragilizado.

E recordo de todos bons momentos.

Sabendo o quão foram preciosos e únicos.

Fecho os olhos

Tu também

Eu ainda os abrirei

Mas, tu dormirás eternamente.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Entrego-me.




Entrego-me em tuas mãos.

Como já o fiz antes.

Faço-o agora.

Novamente.

Tenho que enfrentar o mal.

Então, que seja contigo.

Que companheiro mais fiel desejaria.

Que braço mais forte poderia me proteger.

Tu és e será sempre meu amparo.

A Ti me confio.

E peço aconchego.

Que se as horas ficarem difíceis.

Que eu não esqueça de ti.

Que não me arrependa nunca do meu amor falível.

Quando sei que o Teu não o é.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Teus amores.



Entre tantas pessoas, solidão.

Oh! Minha alma por que teimas?

Por que não confias?

Por que não te entregas?

Sei que já fosses traída tantas vezes.

Magoada outras mais.

Mas, o tempo urge.

E precisas ser feliz.

Agarra-te as boas coisas que possuis.

Se não és um farol,

És um fósforo acesso num cômodo escuro.

Tu és luz.

Ages como luz.

Não vieste para sofrer.

Viestes para aprender.

Aprende sorrindo.

Para não perder tua leveza.

Tua beleza.

Tuas belas cores.

Oriundas da tua paz, da tua caridade, dos teus amores

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O ciclo da vida





O ciclo da vida.

Nascer, crescer, morrer.

Nascer no mundo da matéria.

Morrer no mundo dos espíritos.

Crescer em tamanho.

Difícil em sabedoria.

Morrer para quem fica.

Retornar ao ponto de origem.

A casa de onde vieste.

Reiniciar uma vida mais livre.

Aprender novas coisas.

Avaliar as ações realizadas na carne.

Sorrir por tudo de bom que fizestes.

Chorar pelos erros.

Mas, seguir em frente.

Outras vidas.

Talvez milhares.

Talvez mais uma.

Para te libertares.

Da morte e renascimento.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ilusão

A luz brilha.

Na escuridão da via.

Só ela brilha.

Atraindo.

Traz esperança.

De que o calor venha.

O consolo.

O conforto.

Um ponto de parada.

Para quem viaja cansada.

Uma esperança.

Mais algum esforço.

Para lá chegar.

E ela brilha resplandescente.

Com quem diz: vem.

E a criatura inocente.

Chega-se, abeira-se.

A chama da vela ardente.

No caminho.

Consome a mariposa.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Engano





Engano.


Imaginei que agora seria um pouco mais fácil.

O tempo tinha passado.

Ganho um pouco de sabedoria.

Enfim, viver em paz saberia.

Triste engano.

Está mais difícil.

A consciência aumentando.

As decisões sendo tomadas.

Definitivas, quase impossível de serem modificadas.

Não há muito tempo.

Não há em que busca resposta.

Há não ser em si mesma.

Confiar no coração.

No que diz a alma.

Na voz distante de Deus.

Que tantas vezes não consigo compreender.

E erro.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Saudade.





Saudades...

Do tempo em que tudo dizia

Sem medir sequer uma palavra.

Sem pensar nas conseqüências

Do que ocorreria.

Saudades...

Do tempo em que andava sob a chuva

Devagar, sem pressa.

Sem medo de ser presa

De algo maligno.

Saudades...

Em que cantarolava sozinha pelas ruas

E não interessava quem olhava.

Ao contrário envaidecia-me

Ficar em evidência.

Saudades...

Da minha adolescência

Da juventude já gasta.

Dos desejos impossíveis.

Das amizades fartas.

Saudades...

Das tolices

Das criancices.

Mas, verdade algo em mim ainda guarda,

Um pouco de meninice.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Uma Muher...





Uma mulher.

Numa mulher cabem várias mulheres.

Como um feixe de lenha unido

Pelo cordão do amor.

Pela corrente do dever.

Pelo laço de carinho.

Pela corda da solidariedade.

Pela linha da magia.

Encontra-se em seu âmago:

A filha agradecida que nina os pais envelhecidos,

A mãe que sustêm a família,

A companheira que cala frente ao companheiro embrutecido, vencido,

A amiga que acolhe em seus braços, com mino, a outra amiga entristecida,

A amante fogosa e irracional,

A fada madrinha dos sobrinhos, dos vizinhos, dos que estão sozinhos,

A guerreira persistente em seus intentos,

A mestra dos pequenos,

O anjo amoroso sempre pronto a ser solidário.

Uma mulher é um feixe.

Um feixe, forte, de mulheres fortes.

Unidas e inseparáveis.

Por toda vida.

Sem compreensão para os homens.