Pedido de um “feto”.
Abrirei ou não...
É teu ventre, teu colo, meu chão.
Sou também tua semente posta ou imposta,
Com teu consentimento ou não...
Deixa-me brotar, deixa-me viver.
Ais de ver que posso ser teu arrimo, teu futuro amor
Aquele a quem a ti si consagrou.
Não me arranques feito erva daninha,
Não sabes ainda a minha sina.
Se cá estou há um propósito.
Ajude-me a realizar meu ato e minha cena.
Nada que aqui, cá venha deixar de ter uma meta, uma missão.
Dá-me teu amor, tuas mãos.
Ampara-me agora.
Mate-me não.
Mallika Fittipaldi.
27.09.2024