sábado, 12 de novembro de 2011

Decaído.


Livre pássaro fui.

Com asas de ouro e prata.

Entre os céus e os planetas.

Cometas domava com alegria,

Em suas caudas desenhos,

Em suas partículas geladas,

O bom frio.

Estrelas escaldantes,

E frias.

Vermelhas e amarelas.

Piscavam para mim.

Livre pássaro fui.


Com meus companheiros,

De orbe em orbe.

Ao Pai obedeci.

Até que a sedição tomou posse,

A inveja nos controlou,

E nos revoltamos.


Com tanto poder e brilho.

Jogados em um planeta escuro

Iniciado novamente a grande jornada.,

Não passo de um anjo caído.

Aproveitado a chance pelo Pai dada.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Santidade


Santidade...

Não, não sou santo.

Nem mesmo poderia ser.

Não chego perto segue de um beato.

Muito longe de um yogue.

Muito mais de um swami.

De um adepto, nem pensar.

De um mahatma, só rindo, há, há!

Mas, há algo em mim divino.

Que nunca vou deixar de buscar.

O Deus que em mim habita.

Que me ilumina.

Que de felicidade me faz chorar.

Que eleva meus pensamentos aos céus.

Que purifica meus sentimentos em águas brandas.

Que modifica minha alma para o bem.

E meu espírito se preenche de Luz.

Luz do Pai.

Onde desejo estar e me abrigar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Comigo





É o vento na janela.
O assovio fino dos deuses pelos ares.
Que carregam as nuvens para céus distantes.
As folhas para outros lugares.

É o rolar das águas
Nos rios, riachos e cachoeiras.
Com suas mães d’água
Que levam para o fundo das águas o que lhes apetece.

É o relâmpago
A espada de Zeus
Que corta os céus
E queima a florestas.
E destrói os miasma dos mortais.

Assim, são carregados.
Assim são levados.
Assim destruídos.

Porque os deuses
Poderosos espíritos universais.
Não fazem o mesmo comigo?

domingo, 6 de novembro de 2011

Procurando o anjo.





Um anjo bateu em minha porta.

Pediu-me abrigo.

Tanta luz que receei.

E o afastei como se fosse um perigo.

Um anjo entrou na minha vida.

Sem sequer falar comigo.

E eu temendo suas palavras tapei os meus ouvidos.

Um anjo tocou meu coração

E eu enregelei de medo.

Medo de mudar e me feri.

E tranquei a porta do meu amor.

Um anjo cantou a minha alma o bem sereno.

E eu acostumada às mentiras humanas não acreditei.

Hoje já há tento tempo...

Procuro esse anjo.

Que poderia ter mudado minha vida.

E ele em outras missões já não me procura mais.

Perdi a chance divina.

Sinto poder não tê-la mais.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Aluga-se um coraçao.





Aluga-se...

Aluga-se um coração cansando.
Aluga-se um coração abandonado.
Aluga-se um coração desprezado.

Nele tem janela pra esperança.
Nele tem ainda alguma confiança.
Nele tem entrada e saída.

Jamais abandonou um amigo.
Traiu um amor.
Esqueceu um aniversário.

É silencioso.
Não grita quando ferido.
Só geme baixo, pra não incomodar o morador.

É bastante amplo.
Cabem muitos sentimentos.
E sempre aceita mais uma amizade.

Está um pouco cansado de ser traído.
Está um pouco abandonado pelos amigos.
Está um pouco desprezado pelos amores.

Mas, está aberto a novas vivências.
Pois, em sua vidência.
Ver a Luz de cada um.

O aluguel?
Solidariedade, amor, bondade.
Fé, caridade e lealdade.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tentei ser feliz.


Tentei ser feliz

Fiz de tudo para tudo ter.

Lutei muito.

Pois, de onde saí.

Pouca chance havia de crescer.

Suei camisas.

Furei sapatos de tanto caminhar.

Empregos no mínimo dois.

Escola à noite.

Estudos a madrugada.

Fui crescendo.

Materialmente crescendo.

Tendo mais que o necessário.

As chances apareceram.

E me agarrei a elas com toda força.

Como uma sanguessuga.

Anos passaram enriqueci.

Mansão, carros importados.

Viagens ao Velho Mundo.

Grandes banquetes.

Grandes negócios.

Grandes conhecimentos na política.

Poder,

Dinheiro,

Fama.

Tudo o que desejei.

Quando ainda morava em bairro pobre.

E quase nada tinha.

Eu venci!

Venci a pobreza, a miséria.

Venci o mundo e estou entre os mais fortes.

Hoje tenho, à noite para onde voltar.

Uma casa enorme e luxuosa.

Uma cama macia e lençóis de cetim.

Mesa farta.

Quem me servir.

Nada me falta.

Só que entre os lençóis lisos.

Lembro dos amigos que não mais tenho.

Do amor pobre que não sei onde anda.

Da alegria de quando se ganhava um pouco mais.

Da família que afastei por medo de tirarem proveitos.

Dos filhos que não tive.

Tenho tudo.

Isolado no mundo interior.

Sou como planta sem raiz.

Folha ao vento.

Sem destino certo.

Solitário.

Sem fé.

Sem crença em Deus.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sonhos e planos.





Sonhos e planos.


O tempo passa e abandonamos nossos sonhos e planos.

Tesouros enterrados na mente.

Palpitantes no coração.

Iríamos escrever um livro.

Seria nossa história.

Mas, as palavras não brotam.

Navegaríamos os sete mares.

Conheceríamos oceanos.

E nem chegamos a ir a praia.

Viajaríamos pelo Velho mudo.

Das luzes de Paris aos templos da Malásia.

E não saímos nem do mesmo bairro desde a infância.

Criaríamos um novo modelo de mundo.

Mais justos, humano, verdadeiro.

E não conseguimos equilibrar nossa família.

Acordemos outros sonhos.

Escrevamos a história das nossas vidas, do nosso futuro.

Naveguemos pela nossa alma.

Viajemos pelos nossos sentimentos.

Acendamos nossa Luz.

Criemos um novo modelo de homem.

Mais justo. Mais humano. Mais verdadeiro.

E nos equilibremos perante a vida.

Perante Deus.

sábado, 29 de outubro de 2011

Pensando em Deus.


Ao pensar em Deus.

O corpo adormece acordado.

O sonho é lúcido.

E real.

O sentimento de felicidade é total.

Não é saciedade.

É felicidade.

Paz e harmonia intimas.

Que só podem ser vividas.

Aos que se dedicam ao Senhor.

Nos que pensam no Senhor.

Nos que oram ao Senhor.

Nos que amam ao Senhor.

E abrem caminho em si mesmo.

Para receber do Divino o sentimento de amor.