quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Onde meus amigos andam?



Hozana nas alturas...

Joãozinho já é idoso.

Girão girando o mundo...

Pedro virou nóe...

Graça entre os santos...

Terezinha de Jesus...

Pierre não era francês...

Gize virou avó...

Giza medita...

Luci é ainda Elma...

Mary foi a Ipanema...

Mariomar ao poder...

Jane ao amor...



Como eram os seus nomes?

Os outros que por mim passaram.


Esqueci...

Os que não eram amigos verdadeiros.

Fingidos, brincalhões, trapaceiros.

De risos infantis.


domingo, 15 de janeiro de 2012

Livre?




Olha para os céus de nuvens brancas

Rasgando-o em câmera lenta

Um condor.

Uma imagem inesquecível

Uma ave poderosa

Que plaina no ar

Livre de todas as amarras.

Seu vôo parece bailado

Sincronizado com a natureza

Sua liberdade parece infinita

Sua majestade intensa.

Voa alto.

Como se nada o detivesse

Nada conseguisse prendê-lo.

Voa o condor

Com seus olhos procura do alto

Sua sobrevivência.

Acima dele

A morte certa.

Abaixo dele seu alimento.

Preso estar a sua fome.

A seu instinto de sobrevivência

A seu instinto de caçador.

Olha novamente o homem o condor.

E deseja ser tão livre como ele.

Demonstração dos enganos de julgamentos.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Teu anjo.



Teu anjo.

Sem que saibas

Vela teu sono


Espanta as sombras

Socorre-te nos pesadelos

Leva-te aos locais de bons sonhos


Voa contigo

Te instrui sobre o outro lado

Segura tua mão nas estreitas passagens


Seca tuas lágrimas

Te faz sorrir

Não te abandona


Mesmo que te tenhas afastado do caminho

Canta para te chamar atenção

Espera incansável teu retorno


Ao seu abraço amigo

E seu sorriso é luz

Quando tu o reencontras.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Em busca.



Escuro manto silencioso recobriria a Terra,
Caso não fosse a Luz solar diurna
Ou os bilhões de astros picando
E a Lua, branca, roda gigante, no céu noturno.
Trazendo Luz.

A traçar caminhos no céu terra, céu mar,
Pássaros noturnos enfeitam a escuridão
Com seus pios agourentos.
Pousa branca coruja na torre da igrejinha.
Nos seus olhos esbugalhados Luz.

A cidade pequena dorme cedo.
O vento brinca de rodopiar as folhas ao chão.
O silêncio da noite cheio de barulhos de insetos.
A mariposa atrás da Luz dos lampiões.
E eu em busca da Luz de Deus.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Meu guia.



Meu irmão.

Quanta falta.

Quanto tempo.

Quantas noites.

Ainda te procuro.

Tua doçura.

Teu amor.

Tuas sábias palavras.

Teus conselhos disfarçados.

Teu sorriso de boca pequena.

A esconder tantos mistérios.

Teus passos miúdos.

Tua roupa de monge.

Teu silêncio...

Tu que foste causa do aumento de minha fé.

Onde está meu amigo, meu irmão?

Quando falarei contigo?

E lembrarei disso?

Estou tentando.

Sentir tua presença,

Tuas energias sutis, finas, delicadas,

Deleite para os meus sentidos.

Faz-me voltar a te encontrar.

Ouvir falar do Cristo.

De Deus.

Do bom caminho.

Da boa luta.

Sinto saudades.

E o véu da morte nos separa.

Não sei ir onde estás.

Nem sei se poderia ir.

Mas, tu vens,

Sempre vens ajudar.

Mata minha saudade.

De te escutar.

Anjos do bem


 

Anjos do Bem.

Eles estão entre nós.

Riem conosco.

Nos protegem de perigos.

Anunciam acontecimentos.

Flutuam sobre nossas cabeças.

Banha-nos em luz.

Brincam como crianças.

Ouvem nosso choro.

Falam de coisas belas.

Das grandes oportunidades.

Tentam nos guiar a bons caminhos.

Alimentam bons princípios.

Que quer nos tornemo-nos do Bem.

Porém, se nossa alma se recusa.

E as sombras nos atraem.

Batem suas asas.

E esperam que a grande mestra Dor.

Nos ensine o Bem que com todo o seu amor

Não conseguiram implantar.

Em nossa alma hedionda.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cansei.



Cansei.

Cansei da luta, que recomeçava a cada manhã.

Do acordar cedo.

Do dormir tarde.

De perder o sono.

Perdido pensando nos problemas.

De acordar cansado.

Como não tivesse dormido.

Cansei das brigas conjugais.

Do choro dos filhos.

Das cobranças.

Das lamentações dos amigos.

Do negativismo diário de todos.

Cansei de mim mesmo.

Do meu terno velho pendurado no armário bolorento.

Meu tênis Nike falsie.

Como meus relógios.

Cansei de correr atrás...

E morrer na praia.

Tomei a decisão de parar.

Mas, confusão.

Não parei.

Continuo.

Agora em grande agonia.

Da qual minha vida terrena vejo agora:

Era mansa alegria.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Tu és...



Tu és...

Nem todos os meus sonhos se realizaram.

Mesmo assim, te amo.

Nem tudo que desejei consegui.

Mesmo assim, te amo.

Chorei tantas lágrimas.

Mesmo assim, te amo.

Estou cansada e abatida pelos problemas.

Mesmo assim, te amo.

Meu sorriso é triste.

Mesmo assim, te amo.

Tantos saíram da minha vida, me abandonaram.

Mesmo assim, te amo.

A doença bateu a minha porta.

Mesmo assim, te amo.

Minha vida está cheia de percalços.

Mesmo assim, te amo.

Tu és;

Meu reduto.

Meu protetor.

Meu amigo.

Meu médico.

Minha tábua de salvação.

Minha escora.

Meu sustento.

Minha existência.

O fim dos meus lamentos.

Meu Sol interior.

A felicidade imaculada que possuo.

Tu és meu Deus.