quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Doente? Segue!

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Quando o corpo desalinha,
Entorta, enfraquece, adoece.
A mente se defronta com o medo
Da dor, do processo, do inevitável “tudo fenece”.
As imagens de um futuro de luto
Pelo que se deixará de fazer.
Por tudo que irá se perder.
Assombram, amedrontam, entristecem.
A alma atordoada busca uma saída
Entre as vagas das dúvidas sente-se perdida
Pelo destino pode se sentir traída.

A voz da Consciência lhe fala: acalma-te
Em ti repousa a chama Divina!
Caminha confiante filha!
As tempestades fazem parte da vida.
As agruras, o desespero, a dor
Há no futuro o remédio de todos teus males
O fim de todas as dores. Aguarde...


Repousa tua confiança onde é certo
Na Luz que criou todo o universo.
Que alivia, sana, cura qualquer mal
Continua seu papel no campo atual
Confia, segue e verás...
Existe força onde não esperas,
Cura onde não enxergas,
Conforto e consolo onde não aguardas.

Além, irmãs te olham com ternura.
Torcem e oram pela tua cura.
A vida sempre continua.
Crer na Divina Providência que age sem notares
Segue o mais possível tranquila nada há que te aniquila.
Nada existe que te elimina!
És Ser imortal!
Mallika Fittipaldi. Novembro - 2019


quinta-feira, 6 de junho de 2019

Abraços

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Abraços
Há braços que acolhem
Onde as crianças dormem
Um lugar que elas escolhem.
Que abrigam e resguardam
Das dores que as almas rasgam.
Há braços amáveis
Adoráveis e inesquecíveis
Que chegam na hora que se mais precisa.
Há braços que sustentam
Quando ao redor tudo se dissolver
Eles são muros que não se movem
Arrimo promovem.
Há braços sempre alerta
Que adivinham necessidades alheias
E somente amor ofertam.
Sejam nossos braços abraços
Abertos ao encontro em qualquer espaço
Da vida em qualquer compasso
Sempre, sempre há braços.




terça-feira, 21 de maio de 2019




Que pese as amarras do passado...
Os ventos futuros me atraem!
Mallika Fittipaldi - Fraseando. Isabel Enrich - Pintora. 

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Visita da solidão


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E se a solidão não só bater a tua porta
Mas, entrar?
Que pavor! Como a suportar?
Com seu sorriso triste ela vai tentar te enganar.

E aí?
Avexaras em a pôr para correr?
Terás vontade de morrer?           

Pensas que não a convidastes
Essa é intrometida.
Vem sorrateira acabar com tua vida?
Quantas vezes já não a expulsastes?

Negas ferrenhamente essa presença
Teus sonhos ela aniquila.
Vadia, inimiga que tua felicidade invalida.

Nunca pensantes com ela sentar?
Servi-la a tua mesa e nela teu olhar repousar?
Indagando o sentido de ela lá estar?

Aproveitas essa visita não bem quista.
Usa tuas horas vazias e triste para avaliar
O que fizestes, ou não, para tão só estás?


quinta-feira, 18 de abril de 2019

Novos deuses

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Bem-vindos.

Ao mundo dos deuses perdidos, relegados, esquecidos.

Pela bruma do tempo esmaecidos.

Sem devotos, sacerdotes, templos...

 Seus saberes e poderes perdidos.

Mortos pelos novos deuses pelos homens estabelecidos.

São esses deuses, contudo, mais atrozes.

Sob a face de cordeiros escondem-se seus sacerdotes ferozes.

Matando os verdadeiros prazeres da humana vida.

Dádiva divina!

Por interesses inconfessáveis e vorazes.

Mirem os novos deuses!

Sob muitas formas são honrados a todo o momento...

Do egoísmo sem nunca contento...

Da luxuria dos homens infinita...

Da gulodice que nunca finda...

Do autoritarismo esmagador...

De todos os prazeres que só causam dor...

Estampados nas moedas...

Nas reportagens sobre as guerras...

Na busca de corpos perfeitos inatingíveis ...

Na fome e peste que assolam o mundo...

No choro da criança e do velho desnudo...

Na vida que se esvai sem sentindo...

No amor que morreu sem merecer tal castigo...



segunda-feira, 18 de março de 2019

Resposta em Deus.


Vanessa Lemen pinturas tradicionais mulheres surreais impressionista

Como teu olhar se perde pensativo.
Na imensidão do infinito.
No silêncio profundo donde veio a vida.
Que palpita, flui, pulsa incontida.
Seus olhos se perdem num mar de questões.
Cheios de preocupações.
Não há como compreender ainda.
Como se sustenta o céu.
Como as estrelas brilham mesmo mortas.
Como os cometas percorrem as suas trilhas.
Como as luas podem ser tão comoventes.
Como ficam nossos parceiros ausentes.
Se estão bem ou não.
Se há socorro ou perdão.
Não tem ciência humana que responda.
O que te vai ao coração.
Busca em ti mesmo tua calma.
Tendes fé na imaginação criativa universal.
No pensamento Divino em que flutuamos.
Na vida que emana sem parar de Deus.
Entrega-te a esse amor ilimitado.
Aceita as leis que regem a vida.
Desfaz as tuas angústias.
E permite Deus te guiar.
Ele te dará com certeza.
As respostas que necessitais.




domingo, 17 de fevereiro de 2019

Ha! Amigo.



Tamara de Lempicka (1896-1980)

Ha! Amigo.
Se não te tenho que seria?
Te digo!
Noites solitárias,
Planos frustrados,
Alma vadia.
Sem ti isso seria.
Ha! Amigo
Se não te tinha o que teria?
Sido...
Erros aos montes,
Palavras vazias,
Dores espalhadas,
Por toda as minhas trilhas.
Há! Amigo não te tendo?
Clamo!
Tua Presença,
Tua Benevolência,
Tua Paciência,

Deus em mim Tua Onipotência.

Mallika Fittipaldi - autoria 2019

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Alma livre

11-rolf-armstrong

És espaço infinito.
Flor do brejo.
Mosquito.
Estrela que esmorece.
Farta mesa que não dividida empobrece.
Sois sorriso torto ou direito.
Semeadora de dor e prazer em tantos peitos.
Leite de mama seco.
Caminhas menina sem medo.
Velha se esconde da morte... Achas tão cedo?
Incompreensível ser que delira
Entre o sonho de ser uma deusa em miniatura.
Ou essa mísera criatura.
Já não escapas da própria loucura
Como pipa ao vento as vezes nada procuras
Aí então és feliz...
Alma sem grilhões a fazer tudo o que eu quis.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Acabou




Sendo o que sou, sou.
Basta-me ser eu mesma.
Cada sonho realizado... Uma flor que me dou.
Mimo, carinho, auto apreço... Assim me restabeleço.
Não já me interessa o que tu pensas.
Simplesmente passou.
Cada esquina que dobrei,
Cada rua vencida,
Escada subida,
De ti me afastou.
Faltastes tanto... Que não mais me faz falta.
E assim, livre vou.
Não, te busco mais em meus sonhos
Felizmente
Acabou.

Mallika Fittipaldi - autoria

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Sem fim

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David Jon Kassan

Não existe o fim.
Apenas um começo.
A todos digo sim.
Enfim, os mereço.
Frente aos desafios da vida
Seja eu muito riso! Mesmo que sinal de pouco siso.
Há tanto para festejar...
Só preciso mudar a forma de olhar.
O que foi bom, prazeroso, uma delícia.
Amanhã pode ser  ocorrência vazia.
Tudo muda, rápido e fatalmente
Isso pode ocorrer tranquilamente.
Aceitação, abnegação, retidão, comiseração.
Movimentos que resultam em pacificação
De todos os desejos que supridos ou não supridos
Que trazem a  marca dos egos iludidos... 
A solidão.

Mallika Fittipaldi - autora de todos os posts desse blog

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Regue-me

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Me regue, assim floresço, e te terei com apreço.
Fique certo, eu mereço.
Vigie-me as pragas, o mofo, a joaninha.
Não me deixe sufocar pelas ervas daninhas.
Fofe a terra ao redor de minhas raízes.
Que me manter firme e donde a vida flui e persiste.
Não me deixe sempre exposta ao Sol.
O calor que nutre pode me matar de mim tenha dó.
Teu bom dia é precioso.
O espero todas as manhãs e pra mim é gozo.
Em troca te darei minha beleza.
Meu porte de realeza.
Encherei teus olhos com meus encantos.
E meu perfume se espargira por todo canto.
Serei por ti, algo precioso e belo.
E tu o rei amado que anelo.
Mallika Fittipaldi - autoria


quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Nunca realidade

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Não imaginaste as consequências dos teus atos.
Bastava saciar-te os prazeres e ficares farto.
A visão embrutecida pelo ego
Te deixou cego.
Nunca pensastes que as lagrimas virariam ação.
Que as dores romperiam o eterno perdão.
E ameaças veladas, ditas, gritadas
Seriam enfim realizadas.
Não te digo mais nada.
Já não importa a língua falada.
Somente o olhar entre pena e compaixão
Contudo, não entendes não.
Como se vivêssemos em universos paralelos
Onde inexiste tudo que anelo.
Parto...
No momento sem saudades
Sem dor...
Sem ansiedade.
Agora sei que tudo foi sonho
Nunca realidade.

Mallika Fittipaldi - autoria.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Peso da idade.

Uma postagens perfeita e que só as amigas de verdade entenderão.

Embora pese a idade
Posta nos olhos feito catarata,
Nos ossos como artrite,
Na fala como rouquidão.
Nos gestos lentos,
Nos compassados passos,
Na necessidade de letras garrafais,
No pensamento lerdo,
No matutar sobre tudo,
E no pensar antes de falar...
Não estou feliz...
Eu sou feliz!

mallika Fittipaldi - autoria

sábado, 5 de janeiro de 2019

Inspire-nos os anjos

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Que os anjos me inspirem a falar de felicidade.

Que eles me lembrem as promessas de Nosso Deus.

Que nos prometeu o maná dos céus.

A vida eterna.

A alegria de um céu sem dor ou censura.

Que os anjos ponham em minha boca palavras de doçura.

E que a dor que te aperta o peito se afrouxe.

E vá se embora feliz como pássaro solto da gaiola.

Que descobriu que há muito, a porta estava aberta.

E era só empurrar com o bico e ela se abriria para o céu azul.

Que os anjos nos mostrem a porta aberta.

Para mim e para você.

A saída do problema que nos aflige.

O escape das nossas próprias tramas.

O apego ao nosso próprio sofrimento.

O pagamento das nossas dividas.

O resgate amoroso dos nossos erros.

Pois, não há falta de amor divino.

Existe só nossa cegueira espiritual.

Cura Jesus

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Verte sobre mim teu olhar de cura

De paciência e tolerância,

De compreensão infinita,

De amor e compaixão.

Que tua luz se propague no meu ser

Mesmo que minhas sombras espessas se revoltem

E entre lamurio, gemidos e gritos esperneiem

Olhas para mim.

Em teus olhos minha esperada cura

Em tua luz minha resiliência

Em minhas sombras minha pestilência,

Em tuas mãos minha redenção.

Jesus!


Um teto

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Esse pouso novo em que me encontro
Na verdade, não é meu canto.
E nisso não me engano.
É só mais um lugar e pronto.
Não o escolhi ele veio pra mim.
Não torci, nem desejei, nem sonhei.
Mas, o abraço sim.
O acolho em suas nuas paredes,
Sem os antigos pegadores de rede.
No traçado reto de suas quinas,
E suas janelas pelas quais não vejo as esquinas.
Agora somos pertencentes e complementos.
Como um útero seco pelo tempo
Que recebe um feto como alento.
Colorimos nossas vidas
Ele como teto
Eu como sua inquilina.

Mallika Fittipaldi autoria
  

Sem Rimas

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Escrevo sem rimas
Rimas são coisas antigas
Sem pontos ou virgulas
Ninguém liga
Linhas tortas e sem rumos
Não precisa nem prumo
Poemas que nada dizem
Ou falam tudo
Depende de quem lê
E como interpreta o conteúdo
Como essa nova vida
Onde se pode tudo
Escolha do Ser nauseabundo
Que não busca seu Eu Profundo
E sem rima, sem rumo ou prumo
Vagabundeia no seu universo moribundo

Mallika Fittipaldi.  autoria. 2019



sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Folhas mortas

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Folhas mortas

Por toda terra folhas mortas
Ressecadas pelo Sol da violência
Espremidas umas entre as outras
Soterradas em si.

Folhas mortas

Criadas pela vida
Destinadas a morte
Tantas tão cedo...

Folhas mortas

Caídas dos seus sonhos
Desmembradas dos mais tenros desejos
Enganadas pelas ilusões
Corroídas até por singelos anseios.

Folhas mortas

Mesmo sem ser outono
Deixadas de lado, abandonadas
Pela árvore mãe
Pelos irmãos galhos.

Folhas mortas

Sem raízes
Entregues ao vento
Não há mais sonhos
Nem mesmo pensamentos.

Folhas mortas

Somente a terra úmida do tumulo fresco 
Como cobertor Dantesco
De todos os sonhos uma vez vivido
Os quais elas sentem findo. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Louça Branca


Sua vida,sua escolha, seus sonhos, suas dores,seu passado , seu presente, seu futuro,. É apenas seu, não deles.


Louça branca

Não penso ser uma louça branca, virgem.
Estragam a brancura límpida da peça
Riscos, marcas, rugas, traços que de mim convergem.
Resquícios de vivências onde minha alma tropeça.

As escolhas que faço podem parecer alheias...
Não são. Elas trazem em si um passado, as vezes escuro, que as perneiam.
São as tristezas, erros medos e maculas de outras eras o que as desencadeiam.

A cada pensamento emoção e ato, em busca da melhora, que realizo
Na verdade, não são novos apenas reproduzo e repito
O que já fiz, intentei ou perseguir
E mesmo assim, com esforço, não consegui.

Tendo comigo a fé de que a louça limparei
Sigo em frente! Mesmo que pelas bordas do tempo, meu destino honrarei
E certamente toda macha, da louça, extirparei.

Fica a cada passo uma esperança.
De que um dia essa louça limpa e branca
Receba a Chama Divina que tudo cria.
Então, essa alma, minha alma, não será mais vazia.

Autoria: Mallika Fittipaldi. 2019