quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O Leão, a Savana e Eu.


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            Um dos mais belos espécimes da natureza, para mim, o Leão. Imenso felino, de passos leves, andar de cadencia das modelos de modas nas passarelas europeias. Que cabeleira. Emoldurando uma face forte, máscula que só pode causar respeito. O senhor das savanas, o macho alfa. Imerso em estórias e história. Lembro-me do conto do leão cordeiro, dos filmes a sombra e a escuridão e Simba o rei leão.

            Possivelmente existem ONGS que defendem a sobrevivência desse ícone africano. E com todo prazer muito de nós, gostaríamos de poder servir a nobre causa da defesa do rei dos animais.

            Bem, se a mim fosse proposto ajudar esse animal magnifico com doação monetária, dentro das minhas posses, para propiciar ao mesmo uma vida melhor. Claro que o faria! Contudo, se a mim fosse proposto ajudas esse animal magnifico convivendo com ele na savana. Nem morta baby!

            Pois é...

            Algumas pessoas que podem nos ser caras, parecerem magnificas espécime humana, de índole impar se encaixam, para nosso pesar, na pele de um leão. Mesmo, que de boa vontade as ajudemos é impossível conviver com elas. Pois, em algum momento “pela sua fome”, de poder, bem estar, comodismo, valor interno negativo e impróprio e tanta outra centena de emoções egoicas nos tornarão suas presas e nos arrastarão para a dor ou extinção.
            Assim sendo, ficam essas linhas como um pequeno alerta para que não soframos tanto quando por algum motivo tivermos que sair da estrada que compartilhávamos com nosso amado Panthera leo. Poderemos ainda fazer doações para as ONGNS que os protegem sem corremos o risco de nos tornar repasto suculento para esse ser que ainda na fase animalesca devora a mão que o alimenta.
            Bem é isso gente. Repesem seus sentimentos de culpa quando por motivo de sobrevivência física, equilíbrio emocional ou mental tenha que se despedir do seu felino.


Bênçãos Plenas.

Mallika Fittipaldi. Autoria.

domingo, 17 de setembro de 2017

Atenta a si...


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Devin Crane - artista
Seja atenta a si.
A tudo que lhe diz respeito.
A cada afã do seu peito.
As suas dores.
Aos seus amores.

De olho ficas sempre
Em todas as suas necessidades
Até nas futilidades.
Nos seus tolos sonhos.
Em seus quiméricos projetos.

Contente-se
Sempre que possa.
E mesmo que não possas
Tente.

Sim, espalhas teu riso.
Por ti.
Pela felicidade que crias a cada dia
Pelo prazer que se concede.

Eis que esse amor que não é chama
(que assim não sendo não se apaga)
Será com certeza eterno.
Pois que não finda,
Quando a si tu amas.

Mallika Fittipaldi. Autoria.



sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Quando erro.




Quando eu erro sofro. Penso que poderia ter feito tudo corretamente perfeitamente, sem falhas, sem atraso. Perfeito!

Sinto um quê de inabilidade, um tanto de fracasso, de falta de tato, pouca intuição. Penso que se tivesse feito isso ou aquilo, dessa ou daquela forma, se tivesse prestado mais atenção, dedicado um pouco mais de tempo, ponderando um pouco mais na questão teria sido mais feliz e não teria feito asneira.

Padeço pelo meu insucesso em completar qualquer tarefa sem ter atingido a meta dos 100%. É uma dor quase infantil daquelas que sentia quando parecia que desagradava meu pai com uma peraltice ou magoava minha mãe querendo me tornar uma pessoa adulta (aos 12 anos).

Expio a dor de não ser perfeita, de cometer desacertos.

Nesses momentos, reconheço a minha inabilidade de ser onisciente, onipotente, onipresente. Percebo a minha pequenez nas minhas falhas. Reconheço a minha prolongada imperfeição.

E nessa carrancuda cara que faço no espelho, brigando comigo mesma, puxando minhas próprias orelhas, quando fixo meus olhos com meu olhar... Reconheço que sou falha. Porém, no entanto, todavia sou maravilhosamente flexível para perdoar-me, aceitar-me, compreender que fiz o melhor que pude e se não o fiz, o farei amanhã ou em outra oportunidade.

Já me bastam as consequências do meu desacerto. Não mereço a mutilação da minha estima, do amor próprio, de dores que não preciso e nem faço jus. Haverá uma forma de reparar o estrago e se não houver como consertar com certeza há formas de conviver ou amenizar a situação. E no fim fica o tirocínio.


Bem amanhã é outro dia. Talvez possivelmente outros erros. E com certeza muitos acertos. Perdoo-me. Sigo. A vida tem muito que ofertar para que eu empaque a cada tropeço e estacionar na eternidade é estultice.  

Mallika Fittipaldi. Autoria.


08.09.2017

domingo, 30 de julho de 2017

Ainda ocorre.

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Na luz tênue da Lua, a mulher caminha pela estrada pelas horas escuras da noite a procura do que poucos veem.

Com olhar de lobo e de águia perscrutam em todos os lugares, seus olhos são negros e escuros como o véu que cobre a Terra.

Mãos rápidas e leves afastam a vegetação, descortinado milhões de vida. Pelas quais ela não se interessa.

Finalmente, um sorriso baila em seus lábios, ei-la! Pequena, espinhosa e enrugada. Escondida por trás de um tronco. Pega-a e coloca dentro de um pequeno saco preso a cintura.

Sua alegria é cortada pelos gritos dos aldeões. Não demora muito está encurralada. Mil mãos se estendem para ela. Logo se vê presa ao poste de tortura. Nos seus pés começa a arder à chama.

Aos gritos de bruxa, bruxa! É queimada viva. Com ela sua bolsa de cintura. E a erva que curaria as crianças doentes da aldeia. Doença que seus vizinhos, amigos e inimigos a acusaram de lançar sobre os filhos dos aldeões.
***

A ignorância e o ódio gerado pelo medo do que não se entende e inveja do que não se tem ainda queimam bruxas.

Mallika Fittipaldi. Autoria.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

o velho, o menino e o burro. Não eu!

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Quando triste
Acham-me...
Depressiva.
Quando Alegre
Doidivana.
Quando sem fome
Doente.
Comendo
Gulosa.
Quando satisfeita
Pedante.
Quando humilde
Falsa.
Quando verdadeira
Grosseira.
Quando amável
Puxa saco.
Quando espirituosa
Sarcástica.
Quando recolhida
Metida.
Quando amável
Interesseira.
Quando arrumada
Perdulária.
Quando desarrumada
Desleixada.
E por aí vai.
E para não ser o velho do menino e do burro.
Estou sendo o que estou,
Sem ouvir o quem pensam que eu seja,

Espelho do outro.

domingo, 2 de julho de 2017

Sou grata

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A tudo que ocorreu
Se doeu ou não doeu
A minha alma se fortaleceu.

A cada instante de pensamento
Claro e confiante
Nebuloso ou irritante

Foi sempre depois... Melhor que o antes.
Paradoxo? Com certeza!
Essa é da vida uma de suas belezas.

O olho que chora a tristeza
É o mesmo que brilha em alegria.
A porta para que eu veja a beleza
E transmita simpatia ou frieza.

Agradeço
Por todo que buscou me humilhar
Mostrando-me como posso sempre me superar.

A todos os empecilhos,
Aos meus desatinos,
A todos meus “inimigos”
Aos meus desafetos.

Agradeço com prazer
A todos os meus amigos
Aos mestres dos caminhos
Aos anjos de plantão.

Agradeço a quem me deu prazer ou dor
No fim (serão iguais) 
Assim  então tanto faz...

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Relógios


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Em todos os cantos os encontros
Em ouro prata e estanho
Claros, escuro, brilhantes, escuros, sombrios.
Escondem sutilmente sua farsa
De contar, determinar, apontar, empoderar... O nada.
Sobre as peles dos braços,
No canto inferior da tela,
Na torre da igreja,
Na delegacia,
Na cela,
Na sala de aula.
Em circulo, quadrado, oval ou disforme.
Em tantas cores quanto sonharam os pintores.
Estão presentes diferentemente daqueles a quem possuem
Que passam pela vida inconsciente

Da ditadura do tempo inexistente.

terça-feira, 27 de junho de 2017

O coelho de Alice

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O coelho de Alice tinha pressa.
Não sabia que não existia tempo.
Que nada vai ou regressa.
E corria desesperado, atrasado e afobado.
Completamente abirobado.
Preso ao relógio
Sabe lá por quem inventado.
Estranhamente pela peça
Tic tac encantado.
Procurava sempre chegar a hora certa
Na verdade incerta.
Desejava chegar sem atraso
A algo de tão pouco caso...
No ontem que já havia passado,
No amanhã que não havia ocorrido
No agora... Que já havia acontecido.
Esquecendo-se de estar somente presente
Para que se tornasse consciente
De que realmente o tempo não existe

Só o tic tac o faz onipotente.

domingo, 18 de junho de 2017

Essa mulher

Anachronistic Fairytales

Quero essa mulher que caminha entre os mundos
Que ouve e fala com os deuses.
Que conhece as erva e suas serventias.
Que sabe interpretar o pio dos pássaros.
Ela que andam por todas as encruzilhadas.
E não teme o bater das horas noturnas.
Sabe que não a nada a temer
Nem mesmo o próprio tempo.
Uma mulher de olhos escuros
E olhar iluminado.
Que tem sempre algo a dizer e nada a falar.
Que não espera pelos outros
Sorrir e caminha.
Que não ama e nem odeia
Simplesmente vive.
Quero essa mulher desperta

Pois agora ainda dorme em mim.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Perdoa

Perdoa
O primeiro beneficiado serás tu.
O que sentirá o alívio da dor.
A facilidade do riso.
A bondade brotando da alma.
Perdoa.
E verás os dias mais claros.
Os problemas menores.
As dificuldades dissipadas.
Junto ao teu novo comportamento.
Perdoas.
Mesmo que seja difícil de fazê-lo
Que seja duro ter que desfazer diminuir teu orgulho
Mesmo que sejas julgado como um tolo.
Que não respeita a si mesmo.
Perdoas.
Por que isso desejará um dia
E será muito mais fácil obteres de outros o perdão.

Um amigo.
psicografia 06.12.2016

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Dualidade

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Nesse mundo de dualidade em meio ao riso há o horror.
Em meio à felicidade há amargor.
Seria fácil demais apontar somente o bem e o belo
Desvencilhando a memorias do que é feio e dolor.
Desejo escrever sobre bondade, amizade e amor
Mas, encontro a tantas historias de dor.
Contudo, sempre em busca de te alegrar
Deparo-me com o mal a esse intento estragar.
Não podendo mentir, nem desejando te enganar.
Busco a te acalentar.
Ao lembrar que sempre existe mais de uma face
Que pode ser bênção ou maldição.
Que te agarres aos momentos felizes,
Fuja das tristes lembranças,
Cultive o bem estar.
Será suas conquistar com certeza
Para feliz você ficar.


sábado, 22 de abril de 2017

Só os sonhos!

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Somente os sonhos nos levam adiante
Quando a chuva caiu abundante.
E as estradas encheram-se de lama.
Eles nos carregam em nuvens,
E nos transformam em arco íris.
São as quimeras que nos motivam
A sempre dá mais um passo.
Nem que seja dois a frente e um atrás.
A gente assim sempre vai.
E desculpem os negativos de plantão
E bãooooooooooooooooooooooooooo
Esta viva!
Estar lucida!
Estar sólida!
Numa rocha de fé e amor.
Por mim e por tudo aquilo
Pelo que minha alma lutou!

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Acreditamos

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Acreditamos
Nos contos de fadas que nos fazem crer
Que sempre vence o bem ou prazer.
Acreditamos
Na infância nos ensinamentos dos pais
Mesmo que sejam contrários aos seus comportamentos.
Acreditamos
Que poderemos voar e ter superpoderes.
E organizaremos o mundo.
Acreditamos
Que somos jovens e livres
Donos da verdade e que a realizaremos a qualquer preço.
Acreditamos
Nos amigos que nos traem
Ao primeiro choro de suas necessidades.
Acreditamos
Nos nossos amores, amantes, cônjuges.
Por que é melhor que assim seja.
Acreditamos
Acreditamos nos padres, pastores, gurus, mentores.
Enfim, eles sabem mais que nós.
Acreditamos até que percebemos que suas verdades
Não são as nossas,
Não nos atendem os anseios,
Não respondem as nossas questões.
Entristecemos, revoltamo-nos, agredimos, retalhamos.
Emudecemos, afastamo-nos...
Até que um dia compreendamos
Que foram necessários para que alcançássemos
A verdade que podemos ter nesse momento.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Falta de inspiração.


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Nem sempre tenho inspiração
Isso me entristece.
Sinto falta da poesia que enobrece,
Da letra que enaltece,
Da rima que alegra.
Das lágrimas que posso produzir,
Dos sorrisos marotos que passam a existir,
Quando alguém por minhas letras viaja.
Assim, dói um tanto quando a mente anuviada.
Nada me fala que já não escrevi.
Vendo somente o antigo
Não crio novo artigo.
Recolho meu material
Ao leitor peço desculpas no final.
Esperando que num novo dia
Possa escrever nova poesia.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Tardio Reencontro.

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Dói esse reencontro tardio.
Quando penso como te desejo
Nem como amigo, nem como irmão.
Mas, como amante no meu leito.
Meu coração bate apressado, ao te ver meus olhos.
Minhas pupilas ampliam-se por que te anseio.
E o teu cheiro os meus hormônios afetam.
E nesses olhos de criança perdida,
Nesse sorriso de pureza infinda,
Revejo o amor e minha paixão (re)desperta.
Vinda das areias do tempo não olvidadas.
Em vidas passadas que não tem retorno.
Em eras longínquas.
Tão profundamente vividas.
Aguardo então nova vivência
Onde na carne te encontre em hora certa
Para nos fazer mulher e homem
Sendo feliz a maneira humana
Como o fomos a tantos ontem.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Seja Tu

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Seja Tu.
Não eu.
Que segue e avança.
Que luta e não esmorece no bem.
Que almeja a minha paz interna.
Seja Tu.
Não eu.
Que abençoa
Com a minha voz.
Que obra caridade
Com as minhas mãos.
Que busca a paz para meu coração em trevas.
Seja Tu alma divina
Orientadora de caminho,
Meu lenitivo, meu farol, minha Luz.

terça-feira, 21 de março de 2017

Em nós

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De todas as vozes não há igual a tua
Que ecoa em minha alma nua
E desconstrói toda ebulição daninha.

É tua voz que consome a minha
No meu eterno gorjear de pranto.
E quando a mim falas me encanto
Esquecendo-me das dores e desespero.

Pois, tua voz fala de esperança, alento e alegria.
Do saber, da certeza que um dia.
Caminharemos por mesma vereda.

E já não haverá nada que nos separe
Então seremos unos como dantes.
Felizes amantes embriagados
Pelo amor enlaçados.

Sem preocupações com o presente ou futuro
Esquecidos do passado que maltrata
Caminheiro da mesma estrada
Descansaremos em nossos próprios colos.

domingo, 19 de março de 2017

Repense




No teu caminho espinhos te feriram?
Use-os como proteção.
Pedras machucaram seus pés?
Colecione-as, pinte-as, customize-as e as torne belas.
Teus caminhos foram áridos?
Regue-os e plante em suas bordas flores de amor.
Memorias te entristecem?
Purifique-as de ego e as enfeite com laços de ternura.
Pensamentos negativos, de ódio, rancor, vingança?
Imagine-se sendo alvos dos mesmos.
Todos os seus esforços parecem inúteis?
Repensem quem sabe não enganas a si mesmo.
Pondere sobre todas as tuas ações, sentimentos e pensamentos.
Nada pode realmente ferir a alma que ama a si e aos outros.
O olhar espiritual sobre as coisas da Terra modifica...
O sofrer...
O sentir...
O viver!

segunda-feira, 13 de março de 2017

Quando

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Quando.
Tua mente se atormentar
Pense poesia.

Quando.
Dos teus olhos saírem lágrimas
Veja poesia.

Quando.
Do céu de tua boca o urro chispar
Recite poesia.

Quando.
Tuas mãos se crisparem
Escreva poesia.

Quando.
Travarem teu andar
Corra para a poesia.

Quando.
O tempo parecer parar
Medite poesia.

Quando ou quanto,
Onde ou como,
Pois ou por que,
Seja você
Poesia.


Revisando os ditados.

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Quem sempre espera...
Cansa.

Quem cedo madruga...
Passa o dia com sono.

Quem empresta...
Empresta o que para si não presta.

Águas passadas...
Deixam rastros de lama.

Quem ri por último...
Não entendeu a piada logo.

Quando um não quer...
O outro faz sozinho.

Manda quem pode...
Obedece quem não sabe enganar.

Um dia da caça...
O outro de fome.

As aparências Iludem...
A quem é míope de alma.

Para bom entendedor...
Meia palavra não diz nada.

Com o tempo tudo se cura..
 para quem a cura procura.

E por aí se vai...
Vida sem humor não me atrai. 

quinta-feira, 2 de março de 2017

Ser feliz

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Ser feliz
Não é obrigação ou dever
É ser e não ter.
Não é somente sorriso
É também o uso do siso.
Não é ausência de problemas
É o poder de resolver dilemas.
Não é a ausência de dor
É ser seu próprio curador.
Não é o ócio
É aceitar os ossos do oficio.
Não é o não sofrer
É na Divina Graça crê.
Não é estar acima
É estar em baixa e dar a volta para cima.
Felicidade é escolha
Felicidade é aceitação
Felicidade não é dicção
É o verbo é ação.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Flagelo da Terra

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Hugin e Munin sobrevoem todos os mundos
E voltem ao deus Caolho.
Digam-lhes das misérias humanas
Dos homens que perderam a Graça
De serem somente homens.
E almejam a deidade.
Mostre-lhes a civilização desgraçar-se
Em seus gozos desfreados
Sem honra,
Justiça,
Verdade.
Recordem ao Encapuzado
O passado,
O que foi,
O que mais não é.
Com seus grasnados
Sejam a vozes dos ancestrais
Lembrando ao deus das Cargas
Quem criou a raça

Flagelo da Terra.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Ataúde


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O meu ataúde se deteriora
Eu o vejo, a cada momento, esmaecer.
Como velha pintura a embranquecer.
Que com o tempo se corrói e se corrompe.

Ele geme como nau fantasma.
Num mar frio e apavorante.
Na bruma escura do anoitecer.

Na sua casca de madeira e terra
Refestelam-se mil vermes rastejantes.
De cores pálidas e inebriantes.
Que atraem moscas coruscantes.

Seus pedaços caem ao caminho.
Eu sinto cada vez mais velho
Esse antigo ninho.

Espero impaciente o desfecho.
Quando o ataúde que me contem
Pelo seu próprio feito.
Se rompa em trilhões de pedaços.

Então, eu verdadeiramente viva.
Como borboleta livre do casulo.
Estenderei-me para os céus seja diurno ou noturno.

E voarei livre em minha alma
Retornando a pátria da qual nuca esqueço.
Que aguardei e que almejo.
Até o próximo ataúde que mereço.