sexta-feira, 19 de junho de 2015

Orbe de amor.


Abate-me o movimento penoso da vida
Quando amputa de alguém a felicidade cobiçada.
Cota da ilusão assim perdida.

Entristece-me o jovem com valores embrutecidos
Esquecido dos outros sejam parentes, desconhecidos, amigos.
Enquanto caminha pela vida ilusionado pelo orgulho embevecido.

Assusta-me a criança já avelhantada
Que não brinca nem com nada se espanta
Parece adulta a mais ninguém encanta.

Olhos cheios d’água ficam ao verem os velhinhos olvidados
Sozinhos, abandonados, desamados, repudiados.
Esperando nos asilos amados filhos que deles já há muito estão deslembrados.

Desejo um mundo melhor para todo ser
Mais humano. Fraterno e benigno.
Eis a minha quimera amigo.

Quem sabe? Se eu soma meus bons gestos aos teus e os teus a outros
Formando uma corrente de amor modificaremos esse mundo de horror
Para um orbe de amor.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Hipócrita.


Hipócrita.
Sois por acaso a balança do mal e do bem?
Teus dedos que apontam erros alheios facilmente...
Apontam também os teus? Ou achas que não os tem?
Justa é tua balança? Ou tens dois pesos e duas medidas?
Não te cansas vê os que caem em erro dentro da tua verdade?
Não existe a possibilidade de outros caminhos? De outros modos de vida?
Ou somente tu tens a chave da perfeição.
Os pecados pelos quais incriminas outros como os reconhece então?
Reconhecerias se esses não estivessem em tu?
Mesmo que afogados em desculpas,
Colocados sob o tapete que sujas,
Empurrados para o esquecimento teus pecados anulas?
Teus dolos existem.
Hipócrita! Cínico! Falso! Fingido!
A lama que enxergas na alma alheia não as têm?
Gritas aos quatro cantos Erro! Pecado! Abominação!
Quer segregar do teu espaço o diferente,
O que achas que não merece o titulo de gente,
O que optou por ser ele mesmo sem se importar com tua opinião.
Mas, no recôndito da tua mente, no fundo do teu coração, na base dos teus instintos.
Escondem-se o homossexual, o pedófilo, o ladrão, o desleal, o estrangeiro, o iniquo irmão.
Acorda para tuas imperfeições.
Volta teus olhos para tuas deficiências.
Soterra tua ignorância, tua intolerância, tua maledicência.
Acorda...
Refletes-te no outro o que te  incomoda.
Abre teu coração
A porta da tua alma
Tenha a compreensão que no fim de tudo
Somos somente Um na Divina Criação.


domingo, 14 de junho de 2015

Escudo de Jesus.

VIV


Sob o broquel de Jesus
Atrás desse escudo de Luz
Retorna o mal a sua fonte.

Protejo-me das trevas traiçoeiras.
Dos irmãos dementados que a mim buscam,
Da inveja que tenta destruir minhas pequenas criações,
Do desamor dos desvairados no orgulho
De suas setas de tirania impropria ao ser humano,
Dos violentos que desejam impor suas vontades
Dos traiçoeiros irmãos de estradas que me preparam armadilhas,
Dos amigos fingidos, falsos e dissimulados apontando-me trilhas perigosas.

Sob o escudo de Jesus                                                                                                  
Atrás desse broquel de Luz
Retorna o mal a sua fonte.

Quase nada temo.
Confesso envergonhada, no entanto, existe alguém que receio.
Alguém que serpenteia sorrateiramente em minha mente,
Que tenta me enganar com falsas falas e presentes,
Dirigindo minha atenção para as paixões,
Falando do muito que valho do minha alta importância,
Aconselhando-me a não me dobrar perante o outro
E que com razão ou não devo me impor.
Alimentando-me os instintos e as paixões
E a esse ser difícil dizer não.

Pois, o broquel de Jesus.
Esse escudo de Luz
Aponto-o sempre para o outro
E nunca ou quase para mim mesma.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Meus poemas.




Dê-me Pai algo de bom para dividir em meus poemas
Que não sejam somente lamentos, prantos, anátema.
Que existem ou irão existir na humanidade sofrida e lamurienta.
Que Teu amor mova a minha pena.

Permitas que minhas letras envolvam corações
De paz, amor, humildade, boas ações.
Trazendo riso e satisfação.

Para aqueles que correrem os olhos pelos meus escritos
Sintam mais e mais razão para continuarem existindo
Cientes do perfeito amor Divino
Claro como a aurora que abre o dia sorrindo.

Que lembrem as suas felicidades
Esqueçam todas as sofridas maldades
E orem cheios de esperanças e bondade.

A cada verso lido nasça um olhar menos dorido
Um sorriso cativo de bonança
O senso de dever cumprido e reconhecido
Como se fosse somente o poema para ele escrito.

E sejam assim, meus poemas, amigos que levam adiante.
Deixando para trás toda dor causticante.
Tornando-se ninhos onde seres cansados e infelicitados encontrem paz, amor e carinho.

Não se prenda leitor querido à parte escura da poesia
Entrever nas linhas sinuosas, tortas, labirínticas.
A verdadeira mensagem transmitida de que nada se destrói tudo se complementa.

A vida continua eterna, palpitante intensa trazendo-nos cedo ou tarde plena felicidade.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Serena dor.



Serena dor.
 E vai embora.
Meu corpo padece a tua presença senhora.
Não vês o meu sofrer?
Estabelece um dia para tua partida
Se não fores a tua que seja a minha.
Abandonemos essa moradia conjunta.
Peço-te encarecidamente madama.
Que não me tolha os movimentos
Que não me seques os músculos
Não apague minha voz
Não deixe meus olhos no escuro.
Se tu és um monstro que corrói
Ou apena minha sina
Não sei.
Contudo rubra dama do sangue alheio
Permite-me algum tempo sem senti-la
Ofusca-me, engana-me, ilude-me.
Suaviza alguns momentos
Para que eu possa fechar os olhos
E quem sabe...
O anjo da morte de mim se apiede
E rapte-me de ti

Dando-me descanso e paz.