segunda-feira, 15 de junho de 2015

Hipócrita.


Hipócrita.
Sois por acaso a balança do mal e do bem?
Teus dedos que apontam erros alheios facilmente...
Apontam também os teus? Ou achas que não os tem?
Justa é tua balança? Ou tens dois pesos e duas medidas?
Não te cansas vê os que caem em erro dentro da tua verdade?
Não existe a possibilidade de outros caminhos? De outros modos de vida?
Ou somente tu tens a chave da perfeição.
Os pecados pelos quais incriminas outros como os reconhece então?
Reconhecerias se esses não estivessem em tu?
Mesmo que afogados em desculpas,
Colocados sob o tapete que sujas,
Empurrados para o esquecimento teus pecados anulas?
Teus dolos existem.
Hipócrita! Cínico! Falso! Fingido!
A lama que enxergas na alma alheia não as têm?
Gritas aos quatro cantos Erro! Pecado! Abominação!
Quer segregar do teu espaço o diferente,
O que achas que não merece o titulo de gente,
O que optou por ser ele mesmo sem se importar com tua opinião.
Mas, no recôndito da tua mente, no fundo do teu coração, na base dos teus instintos.
Escondem-se o homossexual, o pedófilo, o ladrão, o desleal, o estrangeiro, o iniquo irmão.
Acorda para tuas imperfeições.
Volta teus olhos para tuas deficiências.
Soterra tua ignorância, tua intolerância, tua maledicência.
Acorda...
Refletes-te no outro o que te  incomoda.
Abre teu coração
A porta da tua alma
Tenha a compreensão que no fim de tudo
Somos somente Um na Divina Criação.


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