quarta-feira, 6 de maio de 2015

Por que me criaste?



Por que me criaste?
Concedendo-me a visão
Dos astros, da relva, das águas que correm.
Dos olhos do meu pai, da figura materna, da minha paixão.
Por que me criaste?
Sentindo o cheiro do mar, das algas, dos peixes vivos.
Das flores com todos os seus coloridos.
Por que me criaste?
Vivenciando o toque de amor
Do sexo sem pecado ou pudor.
Por que me criaste?
Ouvindo o canto do rouxinol, da cotovia.
Dos ventos nos coqueirais, da brisa que assovia.
Por que me criaste?
Experimentando o doce mel das frutas
A embriaguez libertadora do eu.
Por que me criaste?
E tanto me destes
Quando já sabias de antemão

Que esse eu feneceria por tuas mãos.

Um comentário:

Graça Pereira disse...

Tudo é lindo...antes de acabar!
Gostei do poema.
Beijo
Graça