quinta-feira, 21 de maio de 2015

Nos perdemos.




Onde nos perdemos?
Em que encruzilhada desencontraram-se nossos caminhos?
Qual a razão dos nossos passos não terem se voltados para nosso ninho?
Quanto silêncio, segredo, sigilo do que ansiávamos.
Sufocando a cada dia o anseio da união amiga, do companheirismo, do amor.
Calando as vontades.
Dobrando no fogo da forja os instintos.
Sonho meu...
Serei teu sonho...
Ou morremos um para o outro
Descruzando os encontros
Receando um futuro nosso.
O que nos prende ao presente?
Haverá assim tanta felicidade?
Ou habituamo-nos as migalhas de nos sentir
Um pouco bem,
Um pouco amado,
Um pouco desejado,
Um pouco respeitado,
Um pouco, mas só um pouco, de qualquer coisa.
Enquanto nas ampulhetas a areia desce
Nos relógios os ponteiros correm
Os carrilhões tocam
Os sinos badalam.
Avisando o fim do tempo.
Fogem de nós os últimos resquícios dos sonhos
O pouco de juventude, a nossa vontade, a nossa loucura de tentar.
Ficamos emparedados, enrijecidos, entorpecidos.
Fica apenas o medo de perder tão pouco.
Para arriscar algo mais.
A grandiosa aventura da vida.
A paixão.

Um comentário:

Beth Zhalouth disse...

sempre por aqui, para ler o que de melhor existe no mundo da poesia...parabéns, felicidades, saúde...abraços, www.bethzhalouth.blogspot.com