terça-feira, 29 de julho de 2014

Ira.




Aplaca tua ira.
Fecha teus olhos vermelhospelo ódio.
Sacode dos teus ombros o peso da fúria.
Mata de inanição tua raiva.
Espanta de tua boca a palavra ferina.
Esquece...
Perdoa...
Tua felicidade não depende de tua vingança
Mas, de tua paz de espírito.
Advinda do perdão que concedes
A quem achas serem teus inimigos.

Psicografia. 20.07.2014.


Do Alto Bênçãos



Do alto desce bênçãos em todos instantes.
São luzes indescritíveis e poderosas.
Que curam feridas antigas,
Apagam erros por definitivo,
Ativam a bondade,
O amor,
A caridade,
A consciência divina no homem.
Quantas bênçãos despercebidas
No Sol matutino que abre o dia,
Nas nuvens que concedem sombra fresca,
No canto das árvores nos farfalha das folhas
No pio dos pássaros
No cão amigo que segue o dono
Na mãe abençoando o filho
No firmamento seguro por não se sabe o que
Na vida que continua infindável mesmo após o que chamamos morte
Nos braços e abraços
Nos ósculos entre lágrimas de felicidade.
Luz Divina da Divina Energia Criadora.
Cabem-nos fechar o nosso guarda chuva
Composto de medo, angústia, orgulho, ódio...
Enfim, na nossa falta de amor.

Para que possamos participar plenos dessa chuva de Luz.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Snobismo e estultice.


Acaso pisas na lama do mundo e reclamas?
Enoja-te o escarro alheio?
Produz náuseas em ti o odor do suor humano?
Fechas os olhos a feridas abertas?
Surge em tua face um esgar de repudio ante as atitudes animalescas do ser humano?
Não confias naqueles que trapos vestem?
Odiarias passar o tempo com alguém inculto?
Enraivece ter que suportar tanta ignorância?
Tolices te perturbam a paciência?
Não te enche os olhos de ternura a criança descuidada pelos adultos?
Para ti os velhos não trazem em si nenhuma beleza?
As flores murchas, ás águas estagnadas, a relva machucada, a lágrima que escorre...
Não te fazem lembrar do que elas foram ou representaram e que se transformarão...
Em sementes para novas rosáceas, em poça de vidas múltiplas, em renovado tapete verde macio, em força para renovação.
Sacode homem tua estupidez, tua estultice!
Tu mesmo é depositário de tudo isso que consideras
Imundice
Parvoíce,
Decrepitude,
Finitude.
Lembras que o Criador nada faz que se perca
Que a sua lei de destruição
É a responsável pela renovação ininterrupta da vida.
Plenitude e exiguidade.
Lei na qual estás incluindo.

sábado, 26 de julho de 2014

Sementes.



Já te foram dadas as sementes
Custa-lhe então plantá-las.


Pois, mesmo em árido solo.
O cacto flore grandiosamente.

No pântano escuro, sombrio e lamacento.
Brota o lótus de brancura celestial.




Nos jardins fecundos pelo estrume
Borbulham centenas de rosas.

Em meio a estradas esquecidas pequenas flores silvestres, sem trato algum.
Serpenteiam e enfeitam os prados.

Em venenosas e temidas ervas
Surgem botões delicados.

Na vegetação rasteira e em altas copas de árvores frondosas
Resplandece as mais diversas espécies rosáceas.

Em todos os locais, considerados propícios ou impróprios.
Elas estão presentes com sua mimosa beleza.

Da mesma forma a flor do amor apresenta-se miúda e singela
Ou estonteante e perfeita em todas as almas humanas.

Psicografado.
Autoria extra física – Humberto.

22.07.2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Pedinte.


Bondoso irmão que cruzas meu caminho
Estende tua mão e teu carinho
Ampara-me em minha dor e solidão.

Esquece o que vê teus olhos humanos
Perscruta-me o pranto
Compreende a minha dor.

Hoje vagabundo sujo e solitário
Já fui rico, poderoso e salafrário.
Enganei, roubei, menti por ambição.

Eis que o destino
Que nada é senão uma colheita
Bateu-me a porta.

Feito amarga surpresa
E trouxe a dor que a outros impingi.
Tendes piedade desse malfadado ser.

Poderia ser tu em outras eras
Estende tua mão estou à espera.
Para levantar-me do charco que criei.

15.07.2014.

Psicografia. Autor extra físico desconhecido.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Impressão



Já não me basta a leve impressão de vida
Que tudo pode dar certo um dia
Que o dia a dia continuará eternamente.
Serei sempre eu na mesma ladainha
Nessa inda e vinda permanente.
Já não me basta sentir o leve afagar da morte
Batendo a soleira da minha porta
Pedindo ou não licença para entrar.
Tudo que peço é um pouco de vida calma
Que tranquilize a minha pobre alma
Estabelecendo-a em porto seguro
Longe das muralhas de gigantescas águas.
Das profundezas escuras e abissais
Onde posso perde a sanidade na ânsia
De ser o que fui a um momento atrás.
Descuidando de mim nesse tormento
Morrendo nessa vida de ensinamentos
Através das dores que machucam
Sem poder exalar um suspiro
Um grito de desespero
Um pedido de socorro.