domingo, 23 de novembro de 2014

Cultivando.




Cultivando
A luz e a sombra eu me encontro
E me assombro.
Luto para ser do bem
Estar na linha de frente do amor
Ajudar a todos que a mim chegam com dor.
Não revidar mal com o mal
Assumir a angelitude total.
Cultivo ou tento
A paz em meio à guerra
Paciência meio a bravatas
Tolerância frente ao preconceito
Amor, amor, amor.
Tento e me espanto
Quando repentinamente
Irrompe não donde
De que parte de minha alma
A raiva, a brutalidade curta e seca.
O desamor em totalidade
Malicia, maledicência, maldade.
Caio. Como os anjos.
Na Terra que é minha mãe
Na consciência da minha natureza
Que não sou a luz do Sol, nem doutras estrelas.
Nenhum ser iluminado, mestre, avatar, ancião sábio e desejado.
Apenas um ser pesado
Que vagueia em verdes cabelos
Nos olhos de azul céu
Na boca carnuda dos vulcões
Aconchegada ao seio de minha mãe
Que me acolhe
Mesmo eu cheia de sombras
Sombras que me assombram
Mas, não a ela que entende.
E comigo chora meu demente esquecimento
Que se brilho também escureço.
Por não ser, ser perfeita.
Apenas gente
Cheia de qualidade e defeitos.

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