segunda-feira, 28 de julho de 2014

Snobismo e estultice.


Acaso pisas na lama do mundo e reclamas?
Enoja-te o escarro alheio?
Produz náuseas em ti o odor do suor humano?
Fechas os olhos a feridas abertas?
Surge em tua face um esgar de repudio ante as atitudes animalescas do ser humano?
Não confias naqueles que trapos vestem?
Odiarias passar o tempo com alguém inculto?
Enraivece ter que suportar tanta ignorância?
Tolices te perturbam a paciência?
Não te enche os olhos de ternura a criança descuidada pelos adultos?
Para ti os velhos não trazem em si nenhuma beleza?
As flores murchas, ás águas estagnadas, a relva machucada, a lágrima que escorre...
Não te fazem lembrar do que elas foram ou representaram e que se transformarão...
Em sementes para novas rosáceas, em poça de vidas múltiplas, em renovado tapete verde macio, em força para renovação.
Sacode homem tua estupidez, tua estultice!
Tu mesmo é depositário de tudo isso que consideras
Imundice
Parvoíce,
Decrepitude,
Finitude.
Lembras que o Criador nada faz que se perca
Que a sua lei de destruição
É a responsável pela renovação ininterrupta da vida.
Plenitude e exiguidade.
Lei na qual estás incluindo.

Nenhum comentário: