sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Amei


Amei.
Amei tanto que me perdi.
Sem censurar meus próprios desatinos,
Meus medos. Da solidão e desamparo.
Vergonha de não ter conseguido.
De não ter sido amado,
Respeitado,
Acolhido.
Amei sem fronteiras, sem delimitações.
Numa entrega louca
Esqueci-me de mim mesmo.
De que a vida não era só você.
Que se eu partisse podia ter uma nova chance
De ser feliz.
Insistir em algo que não dava, não deu e não dará certo.
Pois, a felicidade ferida, esmagada, maltratada partiu.
Com votos de não mais volta.
Hoje continuo no mesmo ponto.
Porém, sem sonhos.
Neste quarto de velho,
Neste corpo de velho,
Nessa mente de velho.
Que fecha os olhos pela última vez na vida.
E os abre para uma nova realidade.
Quem sabe uma nova chance.

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