quinta-feira, 11 de julho de 2013



Eis que sou eu e tu
Eu anciã
Repleta das desilusões do mundo,
Sem mais sonhos ou quimeras,
Sem consolo,
Só espera
De um fim de corpo agradável
Sem dor sem refrega.
Tu toda sonho e utopias.
Felicidade qual canto de cotovia
Anunciado sempre belos dias.
Fui tu no passado
Serás igual a mim no futuro.
Quando então a velhice bater a tua porta
Lembre-se de mim
Tua vó senil e inadequada
Que te amou como nunca amou a nada.
Tendes a certeza criança adorada,
Que me encontrarás do outro lado,
Em outra estrada,
Esperando-te neta abençoada.

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