Não me satisfaço com que tenho
Desejo sempre mais um pouco
Como tivesse onde colocar tantas bênçãos
Não bendigo meu presente.
Vivo de recordações antigas
Da vida que não volta mais
Das antigas alegrias
De velhos contos e cantos
De brincadeiras de roda e pega-pega e cantos.
Vida morta.
Fosse eu sábia
Fugiria dessas recordações e viveria o que tenho:
O presente.
Contudo se saio do que já foi
Caio... No que será?
Imaginado mil situações mirabolantes
Aventuras quase inimaginável
Onde sou o herói ou heroína
Onde sou perfeita e feliz
E passo horas a fio a fiar uma vida que não fiz.
Enquanto isso passa o meu presente
Presente que não vivo
Não vivi.
E sem vivê-lo fui morta viva
Numa vida que nunca quis.
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