quinta-feira, 7 de março de 2013

Vivo.



Não me satisfaço com que tenho

Desejo sempre mais um pouco

Como tivesse onde colocar tantas bênçãos

Não bendigo meu presente.

Vivo de recordações antigas

Da vida que não volta mais

Das antigas alegrias

De velhos contos e cantos

De brincadeiras de roda e pega-pega e cantos.

Vida morta.



Fosse eu sábia

Fugiria dessas recordações e viveria o que tenho:

O presente.

Contudo se saio do que já foi

Caio...  No que será?

Imaginado mil situações mirabolantes

Aventuras quase inimaginável

Onde sou o herói ou heroína

Onde sou perfeita e feliz

E passo horas a fio a fiar uma vida que não fiz.



Enquanto isso passa o meu presente

Presente que não vivo

Não vivi.

E sem vivê-lo fui morta viva

Numa vida que nunca quis.

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