domingo, 31 de março de 2013

Saturno. Pai Tenpo.




O tempo voa como Ícaro e suas asas de cera e mel
Que o quedaram ao solo.
Assim, que ele estabeleceu um sonho.

O tempo ecoa tristemente
Qual Eco em sua caverna
Prisioneira de um amor fracassado.
Repetindo somente palavras ditas.

O tempo devora tudo
De todos que ousaram
Como Prometeu e o fogo sagrado.

O tempo dissipa, espalha, distancia.
Qual Ariadne no céu em forma de estrelas
Longe do amor humano.
Brilhando eternamente só.

O tempo endurece, petrifica.
Como os cabelos da Medusa
Àqueles que ousam olhar o futuro
Com esperanças.

Saturno devora teus filhos,
Destrói os teus anelos,
Esmaga-lhes as esperanças.
No ritmo normal da natureza.
Que cria mantém e aniquila.

Dando espaço para outros
Filhos, sonhos, esperanças, amores.
Num eterno círculo de morte e ressurreição.

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