quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O que muda se não mudo eu?


O que muda se não mudo eu?
Muda o tratamento que me dão os outros
Quando continuo a aceitar sempre o que fazem?
Mudam o palavreado que utilizam para falar comigo
Quando continuo ouvindo calada o que me dizem?
Muda a falta de consideração
Caso eu não os alerte de que não gosto disso ou daquilo?
Muda a forma como me vêm
Quando escondo o que sinto e penso?
O que muda se eu não mudar?

Não quero mais ser o que os outros querem que eu seja,
Não quero mais dançar as músicas alheias,
Não quero ouvir canções que não tocam minha alma.

Posso até me desculpar se te preocupa minha mudança.
Mas, quero mudar para ser mais feliz.
Mesmo como se diz “quebrando a cara”.

Peço tua ajuda (pois sei que de alguma forma me amas).
Que não me entraves  a busca do meu próprio caminho.
De ser eu mesma.
A melhor maneira de ser o que Deus quer que eu seja: Eu.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Luz do Mundo


Eis que surgiu a Luz do Mundo
Há mais de dois mil anos
Não se sabendo ao certo a data, o lugar, as condições.
Mas, cresceu esse menino.
Entre doutores e leigos.
Ricos e pobres.
Irmãos e inimigos.
Marcou a humanidade eternamente
Sua fala,
Sua imagem,
Sua paixão,
Sua compaixão.
Dividiu eras.
Outros vieram antes,
Outros depois,
Outros virão.
Contudo, somente ele é considerado profeta.
Em religiões tão diversas.
Sua mensagem é universal.
Até hoje eterna.

Sua única lei o amor.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Colheita

Estou só.
Parece-me que sim.
Quando caminho somente uma pegada na areia.
Quando choro não há ombros a me apoiarem.
Fico triste não tenho com quem dividir esse sentimento.
Quando falo ninguém há para escutar.
Quando grito só o eco.
Depressivo somente remédio.
Distante fico perdido ninguém me busca.
Quando demoro a chegar ninguém me procura.
O telefone... Mudo.
O mundo para mim silencioso.
Doente sem visitas.
Resposta a minha solidão.

Uma plantação de sementes egoístas.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Depresssão


Tendo sido a mente afetada
A alma atropelada e rasgada
A emoção embotada.
As lágrimas derramadas
O riso solto guardado
A criança algemada
A alucinação solta tresloucada.
Tendo enfim, perdido o controle.
Nem que só uma vez perdida
Uma única vez
A marca na mente fica.
E a inimiga
Depressiva
Vigiara-te por noites infindas.
Envolvendo teus dias com sombras densas
Com tristezas mórbidas
Com dores infinitas.
Mesmo sem saberes a motivo.
A razão dessa tormenta.
Como os olhos da noite em ti parados
Espreita-te calmamente
Buscando uma brecha no muro do que sentes
Para se reinstalar a depressão
Inimiga medonha
Que tua felicidade então finda.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Beleza


Existe sim em mim beleza.
Nos meus olhos rasgados
Transversos e perdidos.
Em meu rosto redondo.
Em meus cabelos sempre lisos.
Na minha boca pequena
Em meus lábios finos.
No meu corpo meio roliço.
Nas minhas palavras trôpegas.
Existe beleza sem fim comigo.
Tu a encontras

Quando me olhas com olhar amigo.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Hora Certa

Tivesse sabedoria e saberia
A hora certa da ação
A hora certa da inercia.
Não perderia o bonde
Da vida...
Não ficaria prisioneira
Das tempestades...
Saberia ir embora.
Decidiria ficar pelo melhor.
Sem consciência vago
Entre ir e não ir
Ser ou não ser.
Sofro a indecisão dos humanos
Tendo por fim orgulho aquebrantado
Peço
Pai resolve por mim... Abre-me os olhos...

E a trilha.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Mostra-me

 
Mostra-me Mãe Divina teu sorriso
No jovem imaturo
No recém-nascido
Na criança de rua.
Mostra-me Mãe Divina tua alegria
No jogo de damas dos anciões nas praças
No primeiro beijo
No cantarolar de quem já por pouco não existe.
Mostra-me Mãe Divina o farfalhar das tuas vestes de Luz
No olhar caritativo
Na palavra de perdão
No conselho de irmão.
Mostra-me Mãe Divina tua Lei
Nos que doentes se curaram
Nos maléficos que mudaram
Nos desatinados que equilibraram
Mostra-me Mãe Divina teu Poder.
No amor que espalhas
No perdão que concedes
No auxilio que outorgas
Na perfeição de que és feita.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Anjo andarilho


Anjo andarilho
Que fazes quando sinto que não estás comigo?
Deleita-se em brancas nuvens de algodão doce?
Passeias no jardim do paraíso?
Transportar-se a outros mundos deste distinto?
Deleita-se com os sons das harpas dos vossos amigos?
Retira-te para sonhar no fim do Cosmo infinito?
Vagueia entre estrelas para apreciar os lumes?
Andas a divertir-se com os pequeninos anjos ainda meninos?
Sentar-se aos pés do Pai e o adora extasiado?
Ou será anjo meu
Que somente pela sombra que opaca meus olhos,
Que me impedem de ver a Luz.
O ferro do meu coração,
Que me impede amar.
As algemas das minhas mãos,
Que me impede auxiliar.
Não permitem que te sintam junto a mim sempre?

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Os deuses.


Onde estão os deuses antigos?
Que fim levaram seus reinos?
Odin majestoso e seus lobos?
Thor e seu martelo encantado?
Frigg tecendo as nuvens?
Freyja e sua jóias?
Balder o perfeito?
Em que lugar foi para o Olimpo?
Zeus com seus raios?
Apolo e o seu carro do Sol?
A sabedoria de Minerva?
A beleza de Vênus?
A força de Diana?
A quem clamamos tão pessoalmente?
Seriam os deuses passageiros das estrelas?

Que de nós foram arrancados pelas Normes?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Continua


A vida continua
A cada passo dado
Em movimentos
Nas calçadas, nas ruas.
Nos cômodos das casas em silencio.
Continua fria,
Sem abraços,
Beijos,
Caricias.
Sem risos frouxos,
Sem brigas, sem rixas,
Sem perdão instantâneo.
Continua diferente
Meio oca e vazia.
Quando se olha o quarto
A cama,
A estante de livros já não mais lidos,
As roupas não mais sujas,
Tudo arrumado, limpo, esterilizado.
A vida continua
Enquanto você chora desse lado
Pelo desaparecimento do ser amado
Ele assiste tua dor

Do outro lado também desesperado.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Por amor.



Sinto no peito a dor do amor
Que rasga feito navalha fina e fio reto profundo
Deixando marcas imutáveis e deformantes
Delgadas e marcantes.
Como cirurgias de alma
Que recortaram sem cuidados os apreços anelados.
Sinto temor desse amor
Que fere, mata, deforma-se com o tempo.
Podendo estende-se ou não de via em vida
Como pai, amigo, amante, irmão.
Criando nós ou fortalecendo laços.
Levando-nos de volta ao redemoinho da carne.
Sinto receio. Mas, não me contenho.
E ao teu chamado de socorro
Lanço-me ao primeiro ventre e o emprenho
Para caminhar contigo nova jornada.

Alma amada.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Perdi


Perdi-me por te amar
Esqueci-me de mim
Os meus desejos foram colocados ao lado
Meus sonhos trancafiados
Meu riso escondido para não te escandalizar
Minha criança trancou-se no quarto para sempre?
Morri viva.
Tudo para ser feliz
Para te fazer feliz
Mudei
E nessa mudança abafei a mim mesma.
Hoje no labirinto de quem eu sou
Procuro o que já fui
Grito para me achar
E o eco louco responde...

É tarde, tarde, tarde.

domingo, 24 de novembro de 2013

Sementes.


Sementes.
Auxilie-me Senhor a semear.
Sementes que deem bons frutos.
Que saciem a fome
Fome do saber,
Fome de ser,
Fome de se renovar.
Que as sementes por mim escolhidas
Sejam de Luz,
Clareiem mentes,
Aqueça corações,
Enxugue lágrimas.
As sementes por mim lançadas
Criem bons hábitos,
Robusteçam qualidades,
Fortaleçam ideais elevados.
Essas são as suas sementes
Em mim.
Permiti-me reparti-las,
Dividi-las com outros,
Fortalece Senhor esse semeador.
Com tua compaixão e sabedoria.

Assim seja!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Amei


Amei.
Amei tanto que me perdi.
Sem censurar meus próprios desatinos,
Meus medos. Da solidão e desamparo.
Vergonha de não ter conseguido.
De não ter sido amado,
Respeitado,
Acolhido.
Amei sem fronteiras, sem delimitações.
Numa entrega louca
Esqueci-me de mim mesmo.
De que a vida não era só você.
Que se eu partisse podia ter uma nova chance
De ser feliz.
Insistir em algo que não dava, não deu e não dará certo.
Pois, a felicidade ferida, esmagada, maltratada partiu.
Com votos de não mais volta.
Hoje continuo no mesmo ponto.
Porém, sem sonhos.
Neste quarto de velho,
Neste corpo de velho,
Nessa mente de velho.
Que fecha os olhos pela última vez na vida.
E os abre para uma nova realidade.
Quem sabe uma nova chance.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sou grande?


Sou grande.
Na minha loucura de ser o que não sou.
Em busca desenfreada da perfeição.
Esquecendo minhas próprias pedras de tropeço... Falho.

Insisto, constantemente, diariamente nessa busca de ser grande.
Grande mulher,
Grande oradora,
Grande mãe,
Grande amiga,
Grande esposa,
Grande estudiosa,
Grande colega de trabalho,
Grande ajuda,
Grande, grande, grande.
Em tudo que fizer grande.

Porém, cá entre nós o que conseguir chegar mais perto de grande
Foi à certeza de que não o sou.
Encontrei, contudo, algo grande em mim.
Minha pequenez.  Essa sim é grande.
Forrando todos os meus sonhos de grandeza
Com a verdade de que ainda não o sou grande
Grande o bastante para procurar não sê-lo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Interrogação


Realmente ainda não foi chegada a hora de...
Realizar sonhos?
Reassumir posturas beneméritas?
Recompensar bons modos?
Reconstruir o que ainda é necessário?
Refletir sobre abusos?
Reparar erros?
Repartir o pão?
Repensar conceitos?
Reprogramar a mente?
Restaurar bons hábitos?
Retomar estudos?
Rever atitudes?
Reviver Deus?

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Teus olhos.


Preciso de teus olhos de menina
Teu coração de jovem
Tua esperança adulta e crente.
Para fortalecer minha alma
Amparar minhas decisões amorosas
Jamais caindo em desamor.
(saibas que é para ti)

domingo, 14 de julho de 2013

Todas as coisas.


Todas as coisas são efêmeras.
Das mais alvas nuvens num céu azul
Substituídas pela escuridão da tempestade.
Com seus raios brancos relampejando
Numa escuridão breu.
O nascer do Sol clara luz
O ponto pino ao meio dia
E sua morte colorida rasgada ao entardecer.
A seca que estorrica o chão do meu lugar
Substituída pelas chuvas invernais de junho
Banhando o solo sedento de vida.
O feto no seio materno
Envolvido nas águas da vida
Pelo menino que dorme tranquilo no berço
O jovem que zoa na vida
O adulto aborrecido pelos seus problemas
O ancião que dormita o dia inteiro.
Enfim, a vida que sucumbe a morte.
Só Tu não és transitório
Permanecendo em tudo que substitui outro
És eterno e inexaurível.

És Deus.

quinta-feira, 11 de julho de 2013



Eis que sou eu e tu
Eu anciã
Repleta das desilusões do mundo,
Sem mais sonhos ou quimeras,
Sem consolo,
Só espera
De um fim de corpo agradável
Sem dor sem refrega.
Tu toda sonho e utopias.
Felicidade qual canto de cotovia
Anunciado sempre belos dias.
Fui tu no passado
Serás igual a mim no futuro.
Quando então a velhice bater a tua porta
Lembre-se de mim
Tua vó senil e inadequada
Que te amou como nunca amou a nada.
Tendes a certeza criança adorada,
Que me encontrarás do outro lado,
Em outra estrada,
Esperando-te neta abençoada.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O que vejo.


Sento hoje a janela
Para vê a vida.
Já que a ela não mais pertenço.
Não vejo contudo o presente.
Em meus olhos embaçados pelo tempo
Sinto-me dessa época ausente.
Não percebo o que ocorre no agora
Sinto somente o outrora
O passado que  desfila sob meus lumes.
Como criança que assiste à mesma fita
Cem milhão de vezes.
Meu pensamento, também, repete igualmente.
As mesmas coisas, tolas e emboloradas.
Do que já se foi.
Entre instantes de consciência atual
Horas a fios de desterro da vida.
Não vejo dessa janela a correria, os carros, a avenidas largas, calçadas de cimento.
Vejo namorados passeando, cães correndo livres, árvores frondosas, crianças e pipas.
Coisas que já não existem cá.

Somente sobrevivem em meus pensamentos.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Anjo do Retorno




Fica em meus braços, não chores.
Carrego-te por amor,
Não permitiu o Pai mais teu sofrimento.
Ele sofre contigo.
Segura minha mão com presteza
Sente minha alma de anjo
De amor e beleza.
Não te entristeças
O que aqui deixas
Amanhã encontrarás.
Cessa de escutar os gritos e lamentos
Daqueles que te acham teus donos
Fosses só um empréstimo
Estas voltando para teu verdadeiro lar.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Não mais.


Mudamos
Não somos mais jovens
Não temos a chama da juventude
A fé, a crença do tudo pode ser.
A alegria juvenil, o prazer descarado.
Nossos corpos já não são os mesmo
Rugas expressam o que sentimos por todos os dias passados.
Pálpebras caídas denunciam os anos transcorridos.
Pele flácida pela desatenção ao corpo
Atenção redobrada para matar a fome;
De ter que sobreviver.
Cansaço de ser o que somos.
Desejo de mudar tanto e tantas coisas.
Medo, medo, medo de não dá certo.
E ser mais infelizes que somos.
Continuamos...
Entre tantas agruras e pouco prazer
Levantando olhos para um ser divino
Que dizem existir
E pedindo sedentos...

Felicidade!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Desejo



Que seja tu alma querida, mãe amada.
A minha primeira vista,
Onde depositarei primeiro o meu olhar.
Ao ter sido descerrado na carne,
Entre lágrimas dos que ficaram presos.
Abram-se, meus olhos, sob fachos de luzes cristalinas.
Os olhos da que já se foi dessa Terra bendita.
E entre sorrisos e ósculos,
Num amplexo profundo,
Encontrar-se-ão duas almas no outro mundo
Nessa nova vida d’então.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Diferente



Não sou um mostro, apenas um pouco diferente
Caso me falta o que chamas de beleza.
Olha bem para mim encontraras com certeza
Algo que te agrade.
Não nasci nesse padrão que dizem ser o belo
Mas, tenho uma beleza própria.
Nos meus murmúrios e grunhidos.
Nos braços e mãos retorcidos
Nas pernas que podem me faltar.
Num cérebro minúsculo ou rudimentar.
No meu sorriso, esgar.
Juro há algo em mim que a de te encantar.
Quando me olhares profundamente
Verás que por trás desses olhos nasci-mortos
Encontrar-se uma alma também iluminada
Pela chama divina do Pai abençoada.
ai encontrarás  toda a beleza do Universo
Convidando-te a amar esse que retorna
Sem restrições, reservas ou ressalvas.
essa alma não tão nova.

domingo, 16 de junho de 2013

história


Quero uma história de amor
Que seja só felicidade
Toda perneada de bondade
Plena de amorosidade.
Uma história feliz
Que fale de luz
De um céu repleto de anjos
Morada de santos e arcanjos
Quero uma história de amor
De amor pleno, total.
De entrega sem igual
Sem nada pedir
Nada desejar
A não ser se doar.
Sei que já houve essa história
A mais de dois mil anos atrás
Foi a mais bela de todas as histórias
Só me entristeceu o final.
Que acabou contigo mutilado
Numa cruz dependurando
Manso cordeiro do Senhor

sábado, 15 de junho de 2013

Sejamos um.

Sejamos um.

Por entre eras de romaria

Vestida de João ou Maria

Busquei-te minha alma irmã.

Olvidado do meu próprio eu

Amarguei solidão que desespera,

O frio da vida que impera,

Naqueles que se acham sós.

Naveguei mares.

Desbravei continentes.

Participei de lutas.

Estive de diversos lados.

Aprendendo tantas facetas.

Mas, não te encontrei alma irmã.

Séculos e séculos se passaram.

Em uma dessas mil romarias podias ter te encontrado

Não te encontrei alma irmã.

Quando hoje revolvo meus olhos ao passado

Consciente da minha própria alma

Vejo que cada irmão que esteve, em qualquer momento, ao meu lado

Nas vidas por onde tenho estagiado

Todos, todos sem exceção.


Era enfim, almas minhas, almas irmãs.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Por que sofres.




Por que sofres com tuas escolhas?
Não pensastes antes de fazê-las?
Não medisses as consequências?
Não estimastes aonde iam te levar?
Não inquiristes a tua razão do porque as escolher?
Não aquilatastes os prejuízos e ganhos?
Não avaliaste as consequências?

Não te culpes.

Aquela que fez as escolhas não tinha experiência,
Era outra, era outro tempo.
Tu ignorância era maior.
Tua alma juvenil acreditava
Acreditava...
No outro
No refazer,
No reiniciar,
No perdão incondicional,
Na renovação do ser.

Não desista, no entanto,

O sonho deve continuar
Assim, como o show do artista.
Pisar em nuvens deve ser o ideal.
Perdoar deve ser a conquista.
Amar deve ser a meta.

Por isso, amada não chores.

Continua tua caminhada.
Mesmo que entre espinhos,
E dores profundas,
Caídas e derrapadas,
Tristezas e amarguras,
Desapontamentos.

Terá, contudo, no fundo d’alma o contento.

De ter mantida viva tua jovem alma
Que cria em tantas coisas boas
Acreditava...
No outro
No refazer,
No reiniciar,
No perdão incondicional,
Na renovação do ser.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Teia de aranha.


Bela malha a da aranha 

Que a tece sem preocupação
Não determina o que nela caia.
Somente espera a próxima refeição.

Teia, tece, fia sua rede com perfeição.

Pronta a rede espera a aranha como em meditação.

Encante-se com a teia quem o quiser
Quem se engana com o que brilha
Quem não age com prudência
Quem caminha como o louco, sem concentração.

Pode vir o que vier
A aranha só espera e tece.

Não há vitimas só almoço, jantar, café.
Como os homens que se devoram
Assim, a aranha o é.

terça-feira, 11 de junho de 2013

A Moura torta.


A moura torta.

Lembram-se da moura torta?
Hoje penso coitada!
Nasceu torta e morreu torta.
Não queria ser assim, torta.
Mas, o destino assim à fez.
Torta, torta, torta.
Torta foi a sua vida,
Sua estrada,
Sua sina,
Torta, torta, torta.
Tao torta que era moura
Possivelmente em Algarves
Ainda por cima... Torta.
Foi servi bela princesa ereta, alta, branca elegante.
Não como ela, escura, moura e torta.
A inveja foi tão grande. Coitada da moura torta.
Tramou mil artimanhas,
A princesa encantou.
Mas, bela donzela que não era moura, escura e torta.
Logo, logo o príncipe conquistou.
E coitada da moura torta
Que nunca a ninguém encantou.
Nasceu torta,
Viveu torta,
E torta a morte a encontrou.
Moral da estória?
Não vejo nenhuma e você?