segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Não temas


Não temas

Não temas as lutas,

Nem tão pouco as feridas,

As cicatrizes que te marcarão o corpo,

As dores das batalhas,

O sangue que correrá,

As lágrimas.

Lutas.

Por tudo aquilo que achares justo,

Pelos ideais por mais tolos que pareçam,

Pela verdade que eleva,

Pelo bem que podes fazer.

Lutas.

Contra os maus presságios dos descrentes,

Contra a língua ferina e maledicente,

Contra a dúvida da bondade existente em cada ser,

Contra a lentidão da ajuda,

Para que ela não chegue tarde demais,

Quando já ocorreu a queda,

Para que não participes das mãos que empurraram o ser para o solo.

Lutas.

Contra tuas próprias incertezas,

Tuas hesitações em ajudar,

Tua incredulidade nas necessidades do outro,

Teu cepticismo na alma humana.

Lutas.

Para que se enganado, pelos mentirosos, não te incomode o bem que fizestes,

Ludibriado, pelos que de ti se aproveitaram, perceberes que plantasses uma semente de bondade em coração seco.

Iludido, por um discurso de falsa dor, lembre-se mais feliz o que dá do que o que recebe.

E frente ao Mestre que doou até a vida.

Não te envergonharás.

Doas um pouco do que tens sem te censurar ou levar em conta a censura alheia que te chama de tolo.

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