segunda-feira, 16 de abril de 2012

Poetisa



Poetisa.

Não sou poetisa.

Não tenho o dom das palavras.

A métrica perfeita.

A rima absoluta.

A não rima que toca a alma.

Não, não sou poetisa.

Escrevo o que me vem ao peito.

Às vezes em dores profundas,

Em sofrimentos e feridas.

Às vezes como louvor ao Pai,

Que me preenche de amor.

Falo do dia-a-dia.

Da noite mal dormida.

De vidas perdidas.

Almas esquecidas.

Do mal.

Do bem.

Da luz.

Da sombra.

Minhas linhas são tortas.

Minhas verdades partidas.

Minha boca vazia.

Mas, as mãos teimam.

Teimam e escrever palavras soltas.

Palavras presas, palavras algemadas.

E não se cansam.

De escrever para você.

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