quinta-feira, 5 de abril de 2012

Para você companheiro.



Quanta dor no amor que morre
Morre ou morreu aos poucos.
Em cada ato tormentoso de mentiras
De vãs tentativas me enganares.

Quanta dor no amor morto
Estendido no chão sem estrelas,
Sem céu azul, mata borrão.

Quanta dor que partiu meu coração
 Um coração sonhador, desvairado de paixão.
Cheio de esperanças crianças
Inundado de sonhos pueris, juvenis, loucos.

Quanta dor na mentira utilizada em teu beneficio
Na tormenta guardada no meu silêncio continuo
No fingimento, na inverdade, na iniquidade.
Quanta dor.

Quanta dor no tempo que pensa nos meus ombros
Nos sonhos sufocados pelos deveres,
No infinito desejo de ser feliz contigo.

Quanta dor em todas as vezes que me iludistes
Em todas as vezes que embrutecido me magoastes
Em todas as vezes que mesquinhamente me humilhastes
Para tua grandeza.

Tanta dor em tanto tempo
Quase sempre o tempo todo
Em cada olhar de escárnio e chacota.

Eis a dor que rasgou meus sonhos
Estilhaçou minha alma
Arrebentou meus planos de felicidade.
Derrotou-me os planos de plenitude.

Tanta dor pudesse causar a essa mulher
Que queria ser só tua companheira
Tua sombra, tua esteira, teu amparo, teu amor.

Tanta dor eu te agradeço.
Do mais profundo espinho cravado no peito,
Pois me levou ao verdadeiro amor, intenso, infinito, perfeito.
O amor de Deus a Deus.

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