quinta-feira, 22 de março de 2012

Sem julgar.

 
Olho o Sol.

Do nascer

Ao descanso.

Ele leva luz

Ilumina

As grandes estradas,

As pequenas vias,

As ruas,

Os becos.

Infiltra-se pelas janelas,

Pelas portas,

Pelas frestas.

Ilumina e aquece a copa das grandes árvores

A grama miúda do chão,

O capim bravo,

O cão sarnento de rua,

E o portador de pedigree.

Trás luz, calor, crescimento.

A todos os seres

Independentes da sua moral

Da sua maldade,

Da sua bondade.

Não tem preferido.

Abraça o cego, o que vê,

O alegre, o deprimido.

O rico, o pobre,

O saudável e o leproso.

Em sua tarefa não determina

Quem receberá seus dons.

Só se doa.

Sem julgar quem merece ou não.

Nenhum comentário: