segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Recado.


Faço-te de canal para as minhas palavras de agradecimento a todos que pela minha vida passaram. Aqueles que de mim abusaram ou me ajudaram.

Para que saibam que hoje do mundo que habito compreendo cada ocorrido
Entendo cada pormenor.

Para que saibam que ainda continuo viva. Que minhas faces queimadas pelo fogo
Já se refizeram.

Que não sofro mais as dores atrozes Que não sofro pela feiúra Pelo monstro que ai me transformei no calor da fornalha.

Para que diga aos meus que estou bem E que nada pode me desligar do amor que eles me têm ou o amor que a eles dedico.

Estou a esperar vocês. Antes de partir em novas missões. Enquanto isso aprendo e vivo.

Como nunca vivi. Com toda a minha força. Com todo amor.

Os que partiram comigo alguns já renasceram. Outros ainda não.

Um beijo na mãe e em vocês.
Não há perdão a ser dado.
Não há o que ser perdoado.

Até breve.

(canalização autora desconhecida. Quinta feira, 27 de março de 208) 

domingo, 28 de agosto de 2011

Ouço


Ouço o canto das cigarras.
O coaxar dos sapos.
O cri-cri dos grilos.

Ouço o vento na janela.
O balançar do capim no terreiro.
As folhas que se chocam com o vento.

Ouço o galo a cantar ao longe.
O toque do sino da igreja.
O relinchar dos cavalos.

Ouço o pulsa do meu coração.
Minha respiração.
E meus pensamentos.

Só não ouço sua voz ao vento.
Seus gritos de alegria.
Sua risada cheia de harmonia.

Minha alegria.
Não te ouço mais.
Quando irei te ouvir de novo?

Em que local te esconderam os anjos.
Os espíritos de luz que vieram te buscar.
Estes também não ouço.

Fico então a ouvir minha tristeza.
A minha fraqueza.
A minha esperança de um dia te encontrar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Há lutas e lutas


Há lutas e lutas.

Há lutas nos campos de batalhas.
Onde explodem as bombas.
E as metralhadoras colhem vidas.

Há lutas no dia-a-dia.
Para se ganhar o pão.
Pagar as contas.

Há lutas contra a violência.
Tentando salvar crianças das ruas.
Regenerar jovens.

Há lutas contra os males do corpo.
Que corroí as carnes.
E desintegram ossos.

Há lutas para salva o mundo.
Findar a poluição.
Tornar a vida verde.

Há uma luta maior que todas.
Infinitamente mais importante.
Que terminaria com todas essas outras.

A luta para despertar o Cristo no coração.

Desaparecidos.


Kaleo Vence Ferreira de Alcântara de 17 anos.

Gabriela Gonzales de 15 anos.

Deixaram a case de seu pais em São Vicente, litoral de São Paulo, 

no dia 19/08/2011. Deixando-os desesperados.

Se alguém tiver alguma notícia, por favor, entre em contato nos 

fones: 13.3029-1400 ou 13 9142-6574.

Peço que não se façam trotes pois a dor desses pais é intensa.

Muita paz.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Seco coração.


Quando seco o coração

Pelos males da vida

Quando já não parece existir porta aberta.

Amigos, amor, irmãos.

Quando a solidão é companheira constante

E nada se vê em volta a não ser sombras.

Acende uma luz

Que está contigo

E muitas vezes nem a percebes

O amor que tens por ti e pelos outros.

Retira-te desse casulo de dor.

E busca sinceramente

O perdão, o esquecimento das faltas que a ti cometeram.

Das injustiças que sofrestes.

Faz brilhar tua Luz Divina

No âmago do teu ser.

E ilumina tua vida com felicidade real.

E a de todo aquele que de ti se aproximar

domingo, 21 de agosto de 2011

A Ceifadora.


Por doce que possa ser a ceifadora.

Pelas dores que pode estancar.

Pelo trabalho e tribulações que nos poupe.

Pelo descanso àquele que estava sofrendo.

Que parte para o mundo maior.

Em Luz.

Por mais poemas que eu faça para ela.

Tentando sufocar,

Apaziguar,

Diminuir,

A dor que causa.

Os laços que nos prendem ao que partiu.

São tão sólidos como aço.

São vidas e vidas unidas que se separam nesse instante

Neste último olhar,

Neste último suspiro

Que eu posso nem ouvir.

A morte dói.

Como se extirpassem um órgão nosso.

A cru...

Agradeço a Ti meu Pai celeste.

Pela graça de crê

Que nos encontraremos de novo.

E que o tempo tudo amortece.

Até essa dor

sábado, 20 de agosto de 2011

Quando eu te perder...


Quando eu te perde...

Vou tentar...

Não chorar muito.

Não me desesperar.

Não sofrer por algo que já está feito.

Não julgar o destino.

Não blasfemar.

Não me revoltar.

Não clamar contra a Divina Providência.

Não parar no tempo.

Não deixar de realizar o cotidiano.

Não viver de suas lembranças.

Não te esquecer para não sofrer.

Não morrer um pouco contigo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Criaturas inexistentes


Criaturas inexistentes.

Pela fresta do tempo eu os reconheço:

A menina de louros cachos na casinha dos ursos.

A raposa e as uvas.

O príncipe sapo.

A fada dos dentes.

Quem mais...

João do pé de feijão.

Mamãe ganso.

O cordeirinho leão.

O soldadinho de chumbo.

A tartaruga e a lebre.

O gato e o rato.

Pato Donald.

Tio patinhas.

Huginho, Zezinho e Luizinho.

Madame Mim.

Maga Patológica.

Merlim.

Rei Artur.

Hércules.

Mitos, lenda, contos, fantasias.

Criaram em minha mente valores.

Que trago comigo:

Coragem de enfrentar a vida.

Amizade leal.

Magia.

Astúcia.

Persistência.

Não julgar pela aparência.

Lealdade.

Força de vontade.

Essas criaturas inexistentes.

Ajudaram a criar uma pessoa.

Que, ao menos, tenta ser decente.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ostra.


Ostras.

Há aqueles que sofrem como se fossem os únicos.

Que suas dores são tão profundas que parecem não ter fim.

Todas as suas tentativas de melhorarem são tentativas vãs.

E toda ajuda oferecida é ínfima perante seus problemas.

E nunca se tornam sãs.

São ostras fechadas que contêm em si a pérola do espírito.

Que a escondem para que eles mesmos não sejam felizes.

Sentem-se de alguma forma recompensados pelos olhares de piedade.

Por falarem, e falarem sobre a última consulta, o último tratamento...

Que não deu certo!

São almas tristes.

Em tristes teias que armaram.

Por não se sentirem verdadeiramente amados.

Dignos de nossa compaixão.

Devem ser ouvidos com atenção.

Abraçados e lembrados que não há bem que sempre dure e nem mal que não acabe.

Levados a trabalhar pelos necessitados.

Fazê-los sair de si mesmo.

E ver um pouco a vida.

E se quiserem continuar com a idéia fixa.

Deixá-los em paz, sem criticas.

Haverá o dia em que acordarão do pesadelo que criaram.

E agradecerão por tudo que têm a Deus.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mudanças.


Mudança.

Quem me vê de sorriso aos lábios.

Riso frouxo.

Felicidade a mostra.

Encantamento pela vida.

Harmonia nas palavras.

Equilíbrio nas ações.

Vida tranqüila.

Nem imagina meu passado.

Turbilhão de sentimentos.

Caos.

Erros aos milhares.

Vícios.

Falta de amor para comigo.

Fúria a quem me repreendesse.

Até que a dor bateu em minha porta.

E foram aqueles que me repreendia o meu auxilio.

Que ficaram noites alertas.

Que dispuseram do seu dinheiro.

Que me alimentaram.

Banharam-me.

Medicaram-me.

E nada me pediram.

Foi esse amor incondicional.

Que tocou a minha alma.

E mudei. Busquei o bem.

E o amor a mim e aos outros.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Apeteça.

Não é que a morte me apeteça.
Mas, é um mistério que atrai.
Para onde todos um dia vão.
Caminhamos todos na mesma direção.

Ela que nos espera no momento certo.
Pode estar agora bem perto.
E nem sentimos o vago bafo da sua boca.
E continuamos a vidinha à toa.

Não é que a morte me apeteça.
Mas, me chama a atenção sua ação.
Rápida e inesperada como um tufão.
Destruidora como um furacão.

Com sua ceifa corta caules novos e velhos.
Não importa quem seja ou o que for.
Ela não se engana ao quebrar os elos.
E sei que um dia também vou.

Não é que a morte me apeteça.
Principalmente na dor que trás.
Mas, o enigma quero que se esclareça.
Para partir sem temor ou dor.

Desapegado do que deixar.
Seja os bens, os sonhos, os amores.
Entrar na luz sem demorar.
E o no mundo espiritual adentrar.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Eu quero fazer poesia.



Eu quero fazer poesia.

Poesia profunda que toque as fibras das almas.

Poesia que embeleze a vida.

Que flua entre os pensamentos do dia.

Que se apresente nas horas de agonia.

Eu quero fazer poesia.

Que libere a mágoa do coração.

Que afaste a tristeza e a solidão.

Que traga alegria a quem as ler.

Quero fazer poesia que faça diferença.

Que mude o leitor para melhor.

Que regue as sementes de amor, bondade, caridade.

Existente em toda a humanidade.

Eu quero ser importante como aquela que deixou uma mensagem.

Nem que seja pequeníssima de paz e amor.

E que no momento difícil você se lembre.

E sua alma finde com a dor.

Poesia de farmácia.

Farmácia de alma.

Farmácia de ser.

Farmácia de ter.

Luz espiritual.

E não somente a ilusão material.