sábado, 9 de julho de 2011

A última pedra.


A última pedra.

Por milhares de anos ele retirou as pedras do Caminho.

Grandes pedras as que estavam no inicio.

Pontiagudas, cortantes, perfurantes.

Largo esforço para movê-las de pouco em pouco.

Até colocá-las as margens do Caminho.

Era a sua tarefa.

Limpar, transformar, retirar o que era considerado um entulho, um empecilho.

Vieram outras pedras.

Longo era o Caminho.

E ainda haveria outras.

Ele continuou.

Com outras pedras.

Com pedras que lhes pareciam tão preciosas.

Brilhantes, jaspe, diamantes.

Mas, todas deveriam ser retiradas do caminho.

Sem exceção.

E muito, muito tempo depois terminou sua tarefa.

Apresentou-se ao seu empregador.

E calmamente relatou o fim da sua jornada.

Então o empregador mostrou-lhe no começo do caminho uma pequena, mísera pedra, que tinha ficado na estrada.

Ele retrucou que a pedra era tão minúscula que não maculava seu trabalho.

Ao que o empregador disse: mas, era aquela pedra, chamada perfeição, que seria o ponto final da tua evolução. Volta e retoma a tua luta pelo que ela representa...

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