quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ainda


Ainda.

Ainda não te acho em mim.

Mas, já posso senti a Ti no outro.

Em olhos que me encaram com amor.

Em olhos que me espantam pela dor.

Em olhos que são retratos da fome e miséria.

Em olhos de feras.

Em bocas que bendizem.

Em bocas que maldizem a todos.

Em bocas que não falam por medo.

Em bocas desbocadas e debochadas.

Em mãos prontas para auxilio.

Em mãos postas no ócio.

Em mãos que matam.

Em corpos belos e sensuais.

Em corpos normais.

Em corpos de chagas antinaturais.

Ainda não te acho em mim.

Mas, te busco.

Tu sabes como.

Quando me invades o peito.

E a alma em desvario enlouquece.

E que partir.

Deixar tudo e todos.

Para, se puder, está junto a Ti.

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