quarta-feira, 15 de junho de 2011

Baú de mágoas

Escondi, há tanto tempo, minhas tristezas e mágoas.



Num baú em baixo da cama.



Cheio de poeira e aranhas.



Para que ninguém visse minhas entranhas.



Escondi bem escondido no falso fundo do baú.



Tudo que me fizeram e fazem que me entristecem.



E a dor, a mágoa, a traição que me ferem.



Estão lá guardadas, mas, não esquecidas.



Contudo, ninguém as vê, ou sente.



Elas se acostumaram a ficar na sombra.



E se um raio de luz tenta iluminá-las.



Elas se escondem tremulantes.



Não quero dividir com ninguém o que me dói.



Difícil dividir.



Com tantos outros que têm tantas dores.



Se em mim vêem suas tristeza desdobrar.



Para que unir as minhas as delas.



Estão tão frágeis que dão pena.



Então os ouço e calo as minhas dores.



Para que o ser em percalço difícil.



Use meu ombro como arrimo.



Meu colo como porto.

2 comentários:

Paulo Celso disse...

Perfeito

Um brasileiro disse...

oi. estive por aqui. gostei. muito legal e bonito. apareça por la. abraços.