Seixos.
As águas da nossa alma são profundas.
São escuras pelo tempo.
São cobertas de lodo no seu leito.
Como não se perde em meio a sua fúria?
Quando elas se revoltam contra nós mesmos.
Quando acostumadas à comodidade ao eterno sim, recebem um não.
Um não a um ato egoísta.
Um não a uma comodidade.
Um não a uma maldade.
Um não em nosso benefício para ser justo a outro.
O que fazer para não ser tragado pelo lodo que depositamos em nós mesmos?
Dirige-te as margens do rio da vida.
A tantos seixos.
Seixos pequenos.
Seixos grandes.
Seixos leves.
Seixos pesados.
Seixos fáceis de serem carregados.
Seixos que ferem nossos pés e mãos.
E um a um durante a vida vai forrando o leito da tua alma, o leito das emoções de tua alma.
Para que esse lodo nunca mais venha à tona.
Se acostume com o peso do esforço da melhora.
Com o esforço do trabalho.
Com o esforço da escolha em se torna um ser melhor.
Pois, cada seixo colocado representa um esforço no sentido de se tornar um melhor ser humano.
E quando o rio da tua vida, coberto de belos seixos, já não puder o lodo macula tua alma.
Serás um anjo.
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