sábado, 28 de maio de 2011

Seixos...


Seixos.


As águas da nossa alma são profundas.

São escuras pelo tempo.

São cobertas de lodo no seu leito.

Como não se perde em meio a sua fúria?

Quando elas se revoltam contra nós mesmos.

Quando acostumadas à comodidade ao eterno sim, recebem um não.

Um não a um ato egoísta.

Um não a uma comodidade.

Um não a uma maldade.

Um não em nosso benefício para ser justo a outro.

O que fazer para não ser tragado pelo lodo que depositamos em nós mesmos?

Dirige-te as margens do rio da vida.

A tantos seixos.

Seixos pequenos.

Seixos grandes.

Seixos leves.

Seixos pesados.

Seixos fáceis de serem carregados.

Seixos que ferem nossos pés e mãos.

E um a um durante a vida vai forrando o leito da tua alma, o leito das emoções de tua alma.

Para que esse lodo nunca mais venha à tona.

Se acostume com o peso do esforço da melhora.

Com o esforço do trabalho.

Com o esforço da escolha em se torna um ser melhor.

Pois, cada seixo colocado representa um esforço no sentido de se tornar um melhor ser humano.

E quando o rio da tua vida, coberto de belos seixos, já não puder o lodo macula tua alma.

Serás um anjo.

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