segunda-feira, 2 de maio de 2011

Busca

Que busca e não encontras?

Que procuras em tantos locais e não achas?

Que tortura te levar a lugares tão distantes?

Que tormentos de arrebata a paz da alma?

Que lamentos soam aos teus ouvidos?

Que sinistro sonho de arrebata da tua casa?

Que instinto de afasta dos teus amores?

Que ilusão de destrói a realidade?

Que missões te deram nessa vida?

Quando enfim cansarás dessa procura?

E descansara velho e exausto ao tronco de árvore?

E estarás depauperado para prosseguir.

E teus pés já não darão passos.

E tuas pernas não segurarão o peso do teu corpo.

E teus braços inertes penderão dos teus ombros.

E teu rosto se encostará ao velho tronco.

Os teus olhos ficarão opacos.

O teu sorriso será um esgar.

Do canto da tua boca massa espumante.

Os cabelos ralos a bailar no vento.

E a morte te chegará.

E nesse momento uma voz indagará?

Meu filho me procurastes tanto.

Em tantos lugares.

Lugares claros e escuros.

Em florestas, montanhas e mares.

Bastava para me encontras.

Para tua alma olhar.

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