quarta-feira, 20 de abril de 2011

Criança interior.

Criança interior.



Onde está você?



Onde se escondeu?



Que brincadeira é essa que demora tanto tempo.



Só te vejo a sombra.



A sombra do que foste.



Somente sinto o farfalha do teu vestido de rosas.



E teu perfume de criança.



Ouço tua risada, mas, não sei de onde vem.



Teus passos parecem estão atrás de mim.



Porém, quando me volto não te vejo.



Quero ver teu cabelo de graúna.



Tua pele branca rosada de Sol.



Tuas cantorias tolas.



Tua voz fina e irritante.



Tuas milhares de perguntas.



Que na verdade não se incomodavam com as respostas.



Bastando um sim ou um não.



Guardei suas bonecas, seus brinquedos.



Esperando que um dia voltes.



E fico olhando para suas bruxas de pano enigmáticas.



Teus cadernos de desenhos estão na gaveta.



E alguns lápis coloridos resistiram aos anos.



Onde está minha criança.



Que desde que entrasses no labirinto da minha alma.



Procuro-te.

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