segunda-feira, 11 de abril de 2011

Angelu de além-mar.

Estás do outro lado do mundo.



Mas, é como se pudesse vê-la.



Com cabelos finos e loiros.



E um sorriso que puxa, um pouco, para um canto da boca.



Olhos de quem sofreu e nem sabe porquê.



Um coração delicado e magoado.



Um alguém que pos nas mãos alheias sua felicidade.



Alguém de sola de pés finas.



De mãos delicadas.



De perfume doce suave.



De uma voz profunda, sutil e silenciosa.



De lágrimas que teimam em correr em horas tão inoportunas.



Alguém que abraça com medo a todos.



Menos a sua cria.



Alguém que se sente abandonada, só, eternamente só.



Que não reconhece sua própria luz.



Que não sabe valoriza suas conquistas.



E se acha frágil como um dente de leão.



Quando é uma leoa a proteger seu filho.



Alguém que é para ser muito amada.



Pois, tem no peito uma luz muito bela.



Que teima em esconder.



Nem sei bem por que.



Brilha estrela portuguesa.



Pois, teus olhos são lamparinas celestes.



Teu ventre abençoado.



Tuas mãos criadoras de bênçãos.



Ele nos disse: sois deuses.



És deusa.



Encontra tua deusa e tua força.



Ela não está aqui, não está cá.



Está contigo.



Na esperança que teimas em guarda.



Na caixa de Pandora.

(para minha amiga portuguesa E.R.)

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