segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Último ato.

Último ato.



Não, não termine esse ato.

Que te trará tanta dor.

Olha como te amo.

Vê quão é infinito esse amor.

Não te criei pro erro.

Para o medo ou rancor.

Para estancar de pânico.

Ser depressivo ou depredador.

Não, não termine esse ato.

Que gerará a loucura da tua loucura.

És único, filho meu.

Amo-te com as profundidades abissais dos oceanos.

E o espaço infinito do universo.

Não me sentes?

Estou contigo em todos os instantes.

Mesmo que não percebas.

Não te lances ao vale.

Ao vale da dor.

Do ranger dos dentes.

Dos dementados.

Por terem tirado a própria vida.

Não, não termine esse ato.

Confias, espera mais um pouco.

Tua provação passará.

E assim, como a tempestade cessar.

Cessará tuas dores.

E virás para meus braços.

Meus braços filho.

Estanca teu ato...

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