segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Monstro.

Que monstro é esse que me oprime.



Que atormenta os meus pensamentos.



Que me dilacera os julgamentos.



Que me julga sem pudores.



E me lança ao rosto horrores.



Que não perdoa.



Não esquece.



Não tem piedade.



Só me entristece.



Que monstro é esse que me agita as noites.



Quando a cabeça coloco ao travesseiro.



E ele chega de manso.



E se coloca sentado a minha cama.



Sinto seu cheiro.



E meu estômago revira.



Por que fedes tanto...



Por que não te vais para sempre?



Que monstro é esse que me lembra:



De todos os meus erros.



De toda a minha ignorância.



De toda a minha maldade.



De toda minha displicência.



Da falta de caridade.



Das minhas vida regressas.



Do sangue derramado em causa própria.



Da dor e humilhação às mulheres.



Da subjugação dos homens.



Da escravidão das crianças.



Que monstro é esse?



Escuro como breu.



Vazio como o nada.



Doloroso como ácido.



Que me faz ter vergonha de quem sou.



Oh! Deus é minha consciência!

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