terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Escada.



Realmente é uma imensa escada.


 
Que tem inicio no chão batido e se estende aos céus.

 
Tão imensa...


Não lhe vejo o fim.

 


Contudo inicio a caminhada.

 
É o único lugar aonde ir.



Não há outro.


Posso parar.


Posso deixar para mais tarde.


Posso ficar a ver o tempo.


Posso não me adiantar.


Mas, a cada passo que dou.


O degrau já pisado desaparece como mágica.


Então me vejo obrigado a subir.


E subo.


Às vezes também corro.


Com a alegria da criança.


Ou esmoreço feito o ancião.


Cansado da vida.


Deito-me e vejo o céu.


Ou baixo os olhos e preocupe-me com os pequenos escolhos nos degraus.


Mas, sempre continuo.


E para meu espanto...


Quando me lembro de olhar a mim mesmo.


Já não me reconheço como dantes.


A cada degrau mudei.


Deixei algo cair ou sair de mim



O que me era tão escuro.




Agora brilha mais um pouco.


As faces tão brutas.

 


Não tem as mesmas feições bestiais.


Os olhos já não são odientos.


E meus pensamentos mais leves.


Continuarei a subida.


Seja leve, seja íngreme.


Pois, nela me vejo a melhorar.


Mais leve mais limpo, mais homem, mais divino.





3 comentários:

Runa disse...

Cada passo que damos, cada degrau que subimos, é uma vitória na difícil caminhada do destino. Continua a subir, amiga...

Bjs

Runa

Anônimo disse...

Malika, encontrei seu Blog quando procurava uma imagem para ilustrar um de meus poemas, no Google. Vim, vi, gostei e incluí-o em minha lista de Top Blogs, espero que vc não se importe, Feliz 2011, grande abraço. Milla

Mallika disse...

Obrigada pela visita!
Feliz 2011 para vocês!