quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Poesia.



A poesia deve ser faca.



Faca de dois gumes.



Que corta em ambos os lados.



Ela deve corta o coração.



Fazer entristecer a alma.



Causar comiseração.



Levar o ser as lágrimas.



Pode desmanchar sonhos.



E mostra a vida crua.



Pode apontar erros.



E ensinar caminhos.



Nos levar ao desterro.



Mostrando como estamos sozinhos.



Pode causar espanto.



E criar dúvidas.



Pode nos enrubescer as faces.



Com tantas frases nuas.



Pode enlamear nossos pensamentos.



Avivar maus sentimentos.



Despertar a nossa sombra.



Enaltecer o orgulho.





Pode elevar nossa alma.



Aos mais lindos caminhos.



Floridos campos de lírios.



Nos tornando almas mais puras.



Erguendo nosso eu a melhores paisagens.



Nos aproximando de Deus.



Mas, para ser poesia tem de tocar a alma.



Fazer com que vibre em sintonia.



Com as palavras escritas na poesia.



Que nos ensinam um pouco da vida.



E nos apontam algumas saídas.



Das dores as nossas almas infligidas

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Corpo

Teus pés pisam as uvas e cria o vinho doce.

Ou pisam o verme e destrói uma vida.

Correm estradas para aprender.

Ou estacionam e fenecem teus sonhos.

Tuas mãos levantam a enxada para retirar a erva daninha.

Ou empunha o punhal que assassina.

Acariciam teus filhos.

Ou os massacram com pancadas.

Teus olhos podem ser fonte de brandura.

Ou chispas de ódio.

Podem levantar ânimos.

Ou destruir sonhos.

Tua boca pode ser fonte de bênção.

Ou de maldição.

Dividir conhecimentos.

Ou calar-se e deixar outros na ignorância.

Cada gesto do corpo emite um sinal.

Que pode ser positivo ou negativo.

Cabe a tua mente e teu coração.

Decidir nessa vida a construção.

Da tua alma em evolução.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Caminhada.



Não apertes o passo na caminhada.



Se o caminho é difícil.



Cada paisagem deve ser vista em todas as suas nuances.



A beleza às vezes se esconde e não a vemos em nossa pressa.



Podes seguis as trilhas já traçadas.



Ou quem sabe cria a tua própria trilha.



Para que outros a sigam.



Aplaina os caminhos que seguires.



Retiras as pedras e tapas os buracos.



Colocar placas de perigo.



Servirá para outros caminhantes.



Ou mesmo a tu se ali retornares um dia.



Ficando cansado para.



Reflete na caminhada.



Respiras fundo, ora e segues.



Há muito caminho ainda à frente.



Aproveita cada momento que te é concedido.



O aprendizado do instante não pode ser perdido.



A vivência adquirida é eterna e nada pode furtá-la de ti.



Existem tantas estradas.



Tantos caminhos.



Tantas trilhas.



Que terás que cruzar.



E cada uma delas é uma das tuas vidas.



Aqui ou do lado de lá.



São rotas de crescimento.



Então nada de lamentos.



Aprecia tua estada nos caminhos.



E nunca estarás sozinho.



Deus te acompanha peregrino.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Caminhos


Quantos cruzaram essa mesma estrada que hoje cruzo.
E sentiram a mesma dor e mágoa.
 
Que hoje esconjuro.
 
Quantos sangraram os pés na dura caminhada.

E tornaram firmes seus passos.

Em meio à rudez que hoje passo.

 
Quantos pensaram em desistir.

 
E sentaram a beira do caminho.

 
Mas, desistiram e seguiram a caminhada.

 
Quantos choraram nas veredas.

 
Por se sentirem sozinhos.

 
Como eu um pássaro sem ninho.

 
Quantos pés pisaram essa trilha.

 
Em busca dos sonhos.

 
Enquanto a vida passava e os corroíam.

 
Quantos cresceram na viagem.

 
Quantos se iluminaram na romagem.

 
Quantos... Quantos.

 
E agora no fim uma encruzilhada.

 
Que caminho seguir.

 
Qual a estrada.

 
Pergunto aos meus pés cansados.

 
A minha alma envelhecida.

 
E ela responde.

 
Qualquer um.

 
Pois todas te levarão um dia.

 
Ao teu Pai celeste.

 
A tua angelitude.

 
A tua plenitude

domingo, 26 de setembro de 2010

Abandona-me.


Solidão...



Por que não me abandonas?



Pois quase me abandonou a esperança.





Ah! Solidão.



Por que insiste em ficar comigo.



Se de ti persisto em fugir.





Sei quão é difícil te escapar.



Pois mora fundo em meu olhar.



Que nada vê se não a ti.





Abandona-me solidão eu te peço.



Deixa-me ver a vida com outro olhar.



Olhar de esperança lançado ao ar.





Sorriso de criança a brincar.



Amor primeiro que se dá.



Paixão pela vida a alma entrelaçar.





Vai solidão se despede.



E me deixa a vida mais leve.



Meu coração em novo ritmo pulsar.





Leva contigo teus amigos:



A decepção, o amor, o castigo.



De ter te deixado minha alma habitar.





Crer solidão que eu consiga um dia te abandonar?



Mas, crês.



Pois, decidi caminhar em busca de Luz espetacular.





Do maior irmão que há de me abraçar.



Secar minhas lágrimas, minha vida adoçar.



Se quiseres vens comigo, solidão.





E terás nas palavras desse meigo irmão.



O meu e o teu consolo.



Ele o rei sem reino na Terra.





Chagado nas mãos.



Coração em chamas.



Coroado de espinhos.







Curará nossas feridas.



E a luz que dele emana.



Fará brilhar a tua e a minha

sábado, 25 de setembro de 2010

Ensina-nos.



Como chamar de irmão o ladrão?



Como amar o frio assassino?



Como compadecermo-nos do vilão?



Como auxiliar o viciado?



Como retirar o lixo mental do perturbado?



Como ajudar o inconseqüente?



Como o bem ensinar ao impertinente?



Como servir ao orgulhoso?



Como auxiliar ao desditoso?



Como proteger os furiosos?



Como assistir a quem não quer?



Como favorecer esse homem ou mulher, a criança e o ancião?



Quando eles renitentes dizem não.



Ensina-nos Senhor:



O dom da paciência.



O dom da benevolência.



O dom da sabedoria.



O dom da compreensão.



E baseado nos ensinos do Jesus.



Possamos realmente socorrer esses irmãos.



De formar que eles rumem para Ti.



Sem perderem no furacão da vida.



Nos prazeres fúteis e vãos.



A alma que lhes colocaste no coração.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Abre os olhos.



Abre teus olhos para vida.

Dádiva Divina concedida.

A ti, a tantos, como tu em dividas.



Abre teus olhos para vida.

E aprecia cada nascer do sol.

E a branca Lua feita bola no céu.



Abre teus olhos para vida.

Na beleza que te circunda.

Nos olores de cada flor.



Abre teus olhos para vida.

Vê o rio que serpenteia o leito.

E se torna espelho das irmãs árvores.



Abre teus olhos para vida.

Vê teus amigos, teus filhos, teu parceiro.

Olhas a todos com amor.



Abre os olhos para vida.

Há muito que vê ainda.

Aproveita o tempo que te é concedido.



Abre teus olhos para a vida.

Ela escorre rápida na ampulheta que marca o tempo.

Aproveita então cada momento

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nã quero Pai...

LUZ

Não quero perde Pai.

A confiança na Tua bondade.

A certeza da Tua equidade.

A crença no Teu amor infinito.

A certeza do Teu lenitivo.



Não quero deixar Pai.

De ouvir os teus profetas.

De seguir teu traçado para minhas metas.

De sentir a Tua presença.

De sofrer ao pensar em Tua ausência.



Não quero ser Pai.

Nada que não queiras.

Aquilo que não desejares.

O que não me peças.

O que não determinasses.



Por isso Pai te peço.

Dê-me compreensão.

Retira-me da ilusão.

Abre meu coração.

Ilumina minha mente.

Para que de ti nunca me ausente.