sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ha! Amor.


Ha! Esse amor!

Amor que nos falta, que faz falta.

Amor que nos abandonar, nos deixar.

Amor que incomoda e vira queixa.

Amor que entristece e se pranteia.

Amor que envelhece e esmorece.

Amor que parte e não se reparte.

Amor que ilude e dilui.

Amor que sufoca e prende.

Amor que não ama e ofende.

Amor que dilata o coração e o enfraquece.

Amor que ofende e entristece.

Amor que desdita e desfalece.

Amor que se acaba e enlouquece

Ha! Esse amor!

Esse amor que angustia.

Esse amor que aflige.

Esse amor que atormenta.

Esse amor que dementa.

Esse amor que suplicia.

Esse amor que tortura.

Esse amor sem brandura.

Esse amor sem candura.

Ha! Amor até quando...

Até quando serás imperfeito.

Até quando serás incompleto.

Até quando serás dorido.

Até quando amargurado.

Até quando desvairado.

Até quando desvalido.

Até quando desajustado.

Até quando mal empregado.

Ha! Amor.

Estenda-se a todos o seres.

Abraces a todos os homens.

Trabalhes em boas causas.

Distribuas tuas bênçãos.

Alimentes crianças.

Ampares velhinhos.

Visites enfermos.

Abrandes a solidão dos amargurados.

Alivies sofrimentos.

E deixaras de ser tormento.

Para as almas que ainda em crescimento.

Não reconhecem teu verdadeiro raio de ação.

Todos os seres humanos sem distinção.

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