sábado, 27 de fevereiro de 2010

Muitas estradas.


Muitas estradas.

Dentre tantas estradas

Escolhi esta que parecia tão larga.

Vi somente a beleza e o encanto,

O caminho reto,

No chão nenhuma pedra,

No caminho nenhum monte,

Nenhum empecilho.

Tudo admirável,

Tudo adorável,

Tudo amável.

Poucos esforços para trilhar

Meu caminho de vida.

Até que ao terminar

Vieram me perguntar:

Que fizestes?

Que aprendestes?

Que criastes?

Que doasses?

Eu?

Caminhei, passei.

Nada aprendi, não tive dores.

Nada plantei, não precisei.

Nada doei, não vi a quem.

Passei como brisa leve.

Não deixei marcas.

Andei, nessa vida, sobre papel de arroz

Só que não deixei meus rastros.

Voltarei

Em caminhos que:

Crie, aprenda, faça, oferte a outros minha própria vida.

Assim, realmente viverei.

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