quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Novo ano.





Não sei Senhor se...

Esse ano que inicia me trará muitas alegrias.


Não sei Senhor se...

Terei minha face corada pelo riso, sempre presente no meu dia-a-dia

Meu corpo ficará saudável.

Sem dor, doença, cansaço que o maltrate.


Não sei Senhor se...

Minha família estará sempre presente, unida, inseparável.

Meus filhos ao toque dos meus braços.


Não sei Senhor se...

Terei o pão farto à mesa.

No banco dinheiro pras despesas.


Não sei Senhor se...

Terei lucro nos negócios

Clientes satisfeitos com meu trabalho.


Não sei Senhor se...

Se todos que amo continuarão comigo essa jornada.

Passo a passo nessa estrada.

Que trilhamos para crescer.


Não sei Senhor qual o meu destino

Contudo, Pai

Diante do presépio

De Jesus menino

Agradeço desde já por tudo que tenho.

Entrego em tuas mãos a minha vida sem receio.

Pois, sei que dentro do Teu seio, só há amor.


Para todos que visitam esse blog

Feliz 2010! Nos braços do Senhor.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Nascer, viver, morrer...


Nascer, viver, morrer...
A roda gira, gira, gira.
A roda da vida não para.
Não estaciona segundo nossos desejos.
Mesmo que tudo no momento pareça esta perfeito.
A felicidade aninhada em nosso peito.
Tudo azul.



A roda gira, gira, gira.
Não estaciona segundo nossos desejos.
Continua em seu movimento lerdo ou rápido
Trazendo e levando o que se espera e o inusitado.
Um vai-e-vem de gente, situações, vivências.
Desejadas e não desejadas.


A roda gira, gira, gira.
Não estaciona segundo os nossos desejos.
Escorrega entre nossos dedos o que amamos.
Afasta-se repentinamente, o que tinha vindo, e nós odiamos.
Uma total falta de controle. 
Pensamos.

Esse é o engano.
Traz-nos a roda da vida o que plantamos.
Doce ou amarga.
É a colheita do que fizemos e somos.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Hemorragia.



Sangra meu coração

Nesta vasta terra

De perdição de amor e guerra.

Entre os latidos dos cães

E as vagas promessa.

Dos crentes de Deus

Descrentes de si.

Entre as dores do mundo

E as delicias da alma.

Perdida em cada esquina

Minha calma, meu ser.

Em vão lamento docilmente

A minha loucura intransigente

De buscar-te eternamente

(se preciso for)

Até estar sob a sombra do Teu amor.

Estancando minha hemorragia de dor.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Nova máscara.


Quem sabe estão a minha procura?

Sem saber onde estou.

Nem mesmo quem sou.

Vestido novo, nova roupa.

Ontem malandro.

Hoje doutor.

Ontem ébano.

Hoje neve.

Ontem sutil.

Hoje carne.

Quem sabe me procuram?

Os antigos amores...

Ou os meus cobradores...

Mas, a carne encobre minha face.

Destituída do antigo formato.

Diferente por fora.

Igual por dentro.

Vou por essas estradas.

E não lamento.

Agradeço mesmo com dor

E saudade de antigas paisagens.

Por essa nova máscara.

Por essa nova imersão na carne.

Para fazer brilhar a minha luz.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Lamentos


Lamentos

Ouço a toda hora.

A dor pronunciada de quem chora,

A morte,

A vida,

O hoje e o outrora.

Lamentos.

Dos que fingem para si mesmo

Que não merecem,

Que não deviam sofrer o que não os apetecem,

Que ignoram sua ignomínia.

Lamentos.

De tantos,

De todos,

De alguns.

Que procuram a Luz

Em poços escuros

De poder,

Riqueza,

Perdição.

Lamento.

Por todos que ainda

Não perceberam

Que a Luz brota em todo rincão.

Que não está lá fora.

Não estar cá dentro.

Que Ela existe na terra e no firmamento.

Iluminando,

Aquecendo,

Amando,

Curando,

Calando,

Todos os lamentos.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal.


Para você.

Seja feliz.

Seja alegre.

Seja você.

Ame-se.



Seja um natal.

Que invade carinhosamente o mundo.

Que renova esperanças.

Acende luzes.



Cristo nasce todo o dia.

Nasce para você.


Estar em você.

Distribuir o amor que o rei menino te presenteia.


Consiga perceber todas as graças que recebes.

Agradeça por isso.


E seja feliz...

Neste e em todos os natais.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tenho saudades


Tenho saudades
Dos olhos de criança que eu tinha
Que via o mundo do outro lado do prisma.
Onde tudo era mais cor.
E a luz inundava todos os cantos.
A alma caminhava mais livre no olhar.
Sem máscaras a retirar
Quando corajosamente ia se apresentar.

O meu olhar
Não tinha sido umedecido por tantas lágrimas
Sofrimento não sabia enxergar.
Via alegria, magia, amor.
Mesmo presente a dor.
Tenho saudades
Dos olhos de criança que eu tinha
Que via o mundo do outro lado do prisma.
Hoje trago sombras aos olhos.
Sombras coloridas por sombras.
Pelo pó da vida.
Pelas cores baratas de maquiagem.
Que tentam esconder a sombra
Do medo, da dor e da falta de prazer
Que teimam, por trás das máscaras, aparecer.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Belo e adormecido.


Belo e adormecido.

Onde anda meu rei?

Meu príncipe antigo.

Que cavalgava belo alazão branco

De roupas de cetim rubro e dourado.

Lutando contra os dragões

Desafiando feitiços

Cercas de enormes espinhos

Galgando torres de branco mármore

Enfrentando piratas em desafios.

Em minha busca

Jovem, sonhador, apaixonado nobre.

Príncipe querido.

Perdeu-se nas estradas?

Nos meus descaminhos?

Nos nós da vida?

Na minha falta de carinho?

Ou simplesmente cresci?

Guardando meu príncipe menino

Numa caixa de papelão e sonhos

Em algum lugar

Onde permanece esquecido.

Do amor, como a Bela, adormecido.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Luz no mundo.



Luz no mundo

Repelindo as trevas da ignorância.

A dor de sentir-se sozinho.

Luz no mundo

Ao anoitecer na hora dos ângelus

No canto dos anjos marianos

Trazendo, por minutos, paz ao sul do cruzeiro.

Luz no mundo

Quando alva estrela

Independente

Estacionou nos céus de Belém

E da virgem imaculada

Nasceu o rebento da paz.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Festa ao rei.


Festa ao rei.

Nasceu em Belém um menino

Uma estrela anunciou

O rei que a Terra chegava

Semente de Deus

Semente que se espalhou

Trazendo nos olhos

No corpo

No sorriso

Nas palavras

Nos atos

Só afeto

E nessa data imprecisa

A humanidade se inspirou

Criando a festa natalina

Em homenagem

A Jesus

Nosso Mestre de amor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Quem é?




Quem é?

Quem chora?

Quem chora em meu peito?

Que olhos marejam em minha alma?

Quem é?

Quem sente a dor que sinto?

Ou sinto a dor de quem?

É quem?

Quem se entristece?

Quem me amolece de cansaço?

Quem parte meu coração em pedaços?

A mim causa comoção.

É tu irmão desconhecido

Jogado a calçada


Faminto

Esfarrapado

Esquecido

Revoltado.

Esperando de mim ou de outro

Um pouco, um pedaço

Do que aos teus olhos temos

E não dividimos

Sendo nossa falta de caridade e atenção

A fonte que alimenta tua desgraça e solidão.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Males.


Males.

Agradeço pelo Sol

Que queima minha pele

Faz-me sentir calor

Mancha minha curtis

E alimenta a vida no planeta.

Agradeço pela chuva

Que arrasta as barreiras

Derrubas casas

Trás destruição

Sem a qual não sobreviveriam as matas.

Agradeço ao ser humano

Pelas guerras

Pela destruição do planeta

Pelo “fim do mundo”

Sem o qual não pensaríamos em construir algo melhor.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Personalidade, alma, espírito.




Mais um dia.

Só mais um dia e consigo

Deixar para trás

Esse inimigo

Chamado eu.


Que me envolve em teias de perigo

Que egoisticamente conta comigo

Nas suas loucuras, no seu breu.


Chora, berra, contagia

Minha alma com essa energia

De só meu, só eu, é meu.


E Eu honesto peregrino

Retalho essa alma e esse menino

Para que sentindo a dor

Busquem-me realmente.


E então, amorosamente

Possa tomá-los em meus braços puros

Em Luz de espírito imaculado.


Transformado meu eu e minha alma

Em parceiros, de viagens, desejados.

Esquecidos do mal praticado

Eternamente ao bem devotados.


sábado, 12 de dezembro de 2009

Almas perdidas


Almas perdidas

Arrebatadas

Pelas trevas internas

Arrasadas.


Almas escuras

Sombras nas noites

Vampiros, demônios

A assustar.


Nos sonhos medonhos

Reis de todo mal

Purulentos e fétidos

A empestar.


Pequenas crianças

De terror a brincar

Enquanto a Luz

Não os tocar.

Psicografado em 08/12/2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pressa.


A pressa em caminhar levou-me a esquecer de Ti. Havia tanto a fazer...

Às conquistas do adolescente, da criança tornando-se homem. Corri, corri atrás dos estudos, do bom emprego, do melhor salário. Transformei minha vida numa subida, em uma escada sem fim, dezenas, centenas, milhares de degraus a serem transpostos, galgados.

Existia algo a mais a desejar; uma nova casa, num bairro mais nobre, o carro do ano, o carro importado, o carro de colecionador. Os melhores ternos, os bons restaurantes, as viagens, o inusitado.

Não havia tempo para Ti. Não fazias parte dos meus planos, dos meus sonhos, dos meus objetivos.

O ter era urgente, o competir pelo melhor que a vida podia dar.

O tempo esse inimigo invisível e cruel, contudo, agia nas sombras. Através das células do meu corpo, que envelheciam, degeneravam, adoeciam. Entrevando meus ossos, minhas juntas, os cabelos embranquecidos caíam, as rugas preenchiam meu rosto e meu corpo. Em nada que eu tinha encontrava o prazer antigo ou a paz.

Finalmente, veio o fim, a morte, o ir.

Minha riqueza dilapidada já não podia usar, outros gozavam do que criei e conquistei.

Agora eu estou aqui, só. Todos se foram. O abismo entre eu e o mundo é profundo.

Hoje me lembrei de Ti e estou aqui ajoelhado pedindo, implorando. Os olhos marejam, a voz cala, o coração pela primeira vez fala:

“Senhor, meu Deus, perdoa-me o esquecimento, não se esqueces de mim como me esqueci de Ti. Estenda-me Tua mão”.

Psicografado no Grupo de Educação Mediúnica da Casa Espírita da Fraternidade Guillon Domênico.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Poemas


Poemas existem para alegrar

Sorrisos trazer, alegria gerar.

Que falam de amor

Eternos de doces

Que não se destroem mesmo em dores.

De grandes heróis

Gente estupenda

Belos exemplos de como viver na senda.

Poemas existem que fazem pensar

Que trazem lágrimas ao olhar.

Falam de tristeza, dor e agonia

Parece tirar de nós a alegria.

Mostram o mundo

Feioso, escuro e tenebroso.

Não nos deixa saída.

Poemas existem para alertar

Que cá nesse mundo

Unido estão a dor e alegria

O fardo e o alívio

A luta e o descanso.

Que existe um fim para cada começo

E novo começo para cada fim.

Esses são os poemas que escolhi para mim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Onde estar o amor?



Onde estar o amor?

Muitos nesse mundo perguntam:

Onde estará o amor?

No meio de tanta feiúra,

Em meio a tanta dor,

No império da luxuria,

No deserto do terror,

Em meio às falcatruas,

Dos governantes infelizes,

Na mão estendida do faminto,

Na mente que maquina o mal,

Nessa gente desonesta, sem igual,

Nessa criança que mata e rir.

Onde estar o amor?

Repondo-te

Em mim,

Neles,

Em ti.

Só que calado,

Abafado,

Maltratado,

Sufocado,

Alijado da vida.

Para que não pareçamos tolos

Aos olhos dos homens.

Enquanto escurecemos

Aos olhos de Deus.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Quem dera...



Quem dera na vida

Ter passado ao largo

Não ter me envolvido em nada, em algo

Sem plantar sementes

Que me dariam frutos.

Quem me dera ter sido sábio

E me afastado do mundo

Com suas lutas inglórias

Com o seu pesar profundo.

Quem me dera ser uma sombra

Enquanto ai estava

E ter agora o brilho

Que da minha alma não escapa.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A última oferta.



Esta é minha última oferta

Minha última palavra.

Aceitas tua dor agora

Não murmuras e te calas.


Não vês que te complicas?

O rabujo de tuas falas,

Os teus gestos profanos

Que nem a ti acalmam.


Se jazes na lama do mundo

Escolhestes livremente

Preferiste a dor futura

Do que a dor presente.


Estou agora de volta

A te propor negócio.

Volta a nascer meu amigo

E não te reprovas nos caminhos.


É uma nova chance

É uma nova vida,

Aproveita essa oferta

E pela dor cura da tua alma as feridas.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Buscando tesouros



Busco-te

No recôndito da mente e da alma.

Procuro-te ávida

Como um peregrino no deserto

Busca o oásis.

E a mulher

Seu grande amor.

A criança sôfrega

O seio materno.

A Lua

O Sol.

Parecendo uma eterna caça

Onde estamos quase cegos para os frutos

E a compreensão

De que não é a chegada o mais importante

Mas, os caminhos que abrimos

As trilhas que deixamos

Os passos que demos

A viagem

Não a pousada.

A procura

E não o tesouro.

Que sempre esteve em nós.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sou louca


Sou louca

De riso solto

Aberto para tudo

Que para outros não é nada.

Sou louca

Pelo azul em cima

O verde em baixo.

Sou louca

Capaz de parar

Parar o Sol que nasce

E a Lua que desponta.

Sou louca

Por falar com cães de ruas

Sarnentos e sujos.

E seres que parecem humanos.

Sou louca

Por ver passar os considerados mortos

Dirigi-lhes um bom dia

Um sorriso.

Sou louca

Por insistir

Tantas vezes ache necessário

Mesmo com os sinais apontando o contrário.

Sou louca

Pela fé

Que serei atendida

Em todos os meus desejos

Mesmo aqueles que já não interessam mais.

Sou louca

Por acreditar em mim mesma

Pensar que sempre posso ser melhor

E crer num ser

Que tem um trono

Assentado no centro da minha alma.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Retorno.


Retorno.


Recebes com afeto essa flor

Linda peça natural

Criada no campo

Sob o vento, a chuva, o Sol, a Lua.

Colhi para te ofertar.

Um ato de amor.

Ela não é magistral

Como as que se encontram em estufas

Adubados com produtos de alta qualidade

Regadas no tempo certo

Podadas para crescerem perfeitas.

É a mais simples flor.

Que sela um amor

Uma amizade.

Que fala verdadeiramente

Para ti de minha saudade.

E te promete

Na tua vida

O meu retorno

A tua liberdade.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pesar.



Sei que ainda pulsa em mim...

O ódio,

O sensualismo,

O egocentrismo,

O pedantismo.

A inveja,

A maldade,

A falsidade,

Que abaixo dessa máscara amiga

Esconde-se uma armadilha

Que pode te ferir

Que pode magoar

Até te destruir.

Nessas mãos você encontra

A faca que assassina,

O bisturi que desfigura,

O acido que corroí.

Nos meus passos e caminhos

A rota do erro,

O caminho sem volta,

O beco sem saída.

Sim, sei de tudo isso.

E luto a cada momento

Para transformar todos esses instrumentos de dor

Em amparo e amor.